terça-feira, 27 de março de 2012

OS 100 ANOS DE ARTIDOR ENTRE NÓS



ARTIDOR ELIAS DE ALBUQUERQUE



          Artidor Elias de Albuquerque, filho de João Firmino de Albuquerque e Maria Firmino de Albuquerque, nasceu     no dia   20   de outubro   de 1912, no Sítio Algodões – Alcântaras/CE onde morou seus 99 anos, 3 meses e 10 dias.

          A infância de Artidor foi marcada pela proteção que recebia do seu avô contra os castigos do seu pai, homem durão e às vezes intransigente. Caboquim era o primeiro neto, filho do primogênito, tornando-se, assim, o xodó do seu avô, que lhe deu esse carinhoso apelido.

          Na juventude tornou-se um rapaz extremamente galanteador que não perdia oportunidade de cortejar as moças da região, vindo a enamorar-se de muitas delas. Seu divertimento predileto eram os bailes, animados por harmônica, um tipo de acordeão, onde mostrava sua habilidade em conduzir uma dama, quer nas valsas, nas mazurcas, nos xotes ou em qualquer ritmo que fosse tocado. Aos 27 anos, já um rapaz maduro, casou-se com Matilde Vieira Albuquerque, o grande amor de sua vida, com quem conviveu por 54 anos em perfeita harmonia, só se separando por ocasião da partida dela para o céu. Dessa bela união, nasceram quinze filhos, dos quais criaram-se onze, que lhe deram 33 netos e estes 33 bisnetos.

          Artidor foi um bom filho, um marido apaixonado, um pai exemplar, um avô adorável, um vizinho prestativo nas mais diversas e difíceis ocasiões em que seus serviços eram solicitados, quer de noite ou quer de dia, não medindo esforços para atender os que o procurassem, angariando, desta forma, o carinho, a amizade e a atenção de todos os que conviveram com essa pessoa ímpar, de um coração extremamente generoso e uma enorme vontade de viver. Ele não demonstrava, em momento algum, a idade que possuía, sempre parecendo jovem, saudável, animado, brincalhão, de bem com a vida e sempre acreditando que iria viver muito mais ainda.

          Após o falecimento de sua amada Matilde, Artidor passou a viver em Fortaleza e na sua casa, na Serra da Meruóca. Neste último ano, com a saúde bastante comprometida devido a sua idade já avançada, necessitando de cuidados médicos permanentes, permaneceu na casa do seu filho Gerardo, onde foi bastante visitado por parentes e amigos que ali compareciam para dar àquele amado velhinho o seu abraço, o seu beijo de carinho, com votos de saúde e mais alguns anos aqui entre nós.

          O Sr Artidor foi um homem de muitas virtudes, destacando-se dentre elas a força, a garra, a determinação, o amor pela vida. Só quem teve o privilégio de conviver com ele pode avaliar o quanto foi uma pessoa invejável e muito especial e que deixou tantos ensinamentos. No dia 30 de janeiro de 2012, o Sr Artidor partiu para morar na casa do Senhor, deixando nos corações dos seus familiares e amigos uma enorme saudade.

          Que Deus o acolha e que lá no alto ele esteja em paz.


"Na vida não podemos mudar nada no nascimento nem na morte mas o intervalo fica por nossa conta" (Millôr Fernandes)


 


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segunda-feira, 5 de março de 2012

FOTO FAMÍLIA

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Família Serra Azul Albuquerque
Diógenes, Valeria, Aurimá, Cecília e Diego
(Dia 07/jan/2012)




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POETA SERRA AZUL


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Francisco Leite Serra Azul



AURORA (Antiga Venda)


À margem do Salgado instalou venda
De comida e bebida Dona Aurora
Que servia de oásis, rancho e tenda
Ao viajante, aconlhendo-o a qualquer hora.



Era a ribeira que sulcava a senda
Do litoral ao Cariri, outrora
Vem depois uma igreja, uma vivenda,
Outra e mais outra e em povoação se enflora...

Não sei se o mais é tradição ou lenda.
Sei que foi vila e que é cidade agora
E a sua história é trágica e tremenda!


É a terra de meu berço, esta que, embora
Tivesse o nome mercantil de venda,
Tem hoje o nome fúlgido de Aurora!

(Poeta Serra Azul)



Nasce em Aurora o Poeta e em Quixadá o Serra Azul
"...Serra Azul, uma memória de anjo, sabe de cor mais de 100 sonetos de Bilac."


Nos anos de 1919 chegava a Fortaleza o poeta Serra Azul. Tinha 26 anos, pois nascera a 3 de maio de 1893 no sítio Pau Branco do município de Aurora – CE . Aos 4 anos de idade ficara órfão de pai e mãe, sendo criado por uns tios que não tinham filhos. Aprendera a ler valendo-se de retalhos de jornais, fragmentos de livros escolares, almanaques e folhetos que conduzia, às escondidas, para a sombra do marmeleiro e do mofumbo, arbustos que caracterizam as caatingas do nordeste. Aos 15 anos recebera de Luiz Gonçalves Maciel as primeiras noções. Esse Luiz Gonçalves Maciel havia sido seminarista e era tudo em Aurora: professor, mestre de música, sacristão e farmacêutico. Como sacristão, substituía o vigário nas suas ausências, ministrava sacramentos e fazia pregações; como farmacêutico, era o médico do lugar e das aldeias vizinhas. Maciel encontrava-se em Malhada Funda, na zona do ribeirão Tipi, afluente do Salgado, foragido de Aurora, quando a cidade fora invadida, incendiada e saqueada, em 1908, pelos cabras de José Inácio, do Barro, e de Cândido Ribeiro, mais conhecido por Cândido Pavão. De Lavras, onde residiu o nosso perfilado algum meses, saiu a peregrinar pelo sertão como professor de meninos, detendo-se na Serra azul, a leste de Quixadá, em 1912, quando tratou de construir família. Participando de reuniões na chamada cidade dos Monólitos, começou a fazer sucesso como improvisador, sucesso que repercutiu em Fortaleza. Juvenal Galeno, Rodolfo Teófilo, Antônio Sales, Quintino Cunha e Leonardo Mota convenceram-no a fixar-se na capital, onde conseguiria emprego. Mas do dinheiro que esse emprego lhe rendia nada sobrava para a compra de livros. A família aumentava de ano em ano. Assim, passou a freqüentar todas as noites, a biblioteca pública. Lia muito, lia até se apagarem as luzes do prédio. Ás vezes era visto em companhia de literatos, e os jornais começavam a publicar as suas poesias. A conselho de Rodolfo Teófilo, resolveu adotar o nome de Serra azul, Não mais como apelido, porém como nome de família. Hoje além de poeta, é o professor de história natural e geografia.

Francisco Leite Serra Azul. De uma memória de anjo, sabe de cor mais de 100 sonetos de Bilac, o seu preferido, e conhece, a fundo, as geografias físicas do Brasil, sendo capaz de responder sobre qualquer dos seus acidentes. Publicou Serra azul em 1924 o Alfabeto das Musas e em 1938 Natureza Ritmada. Ambos esgotados. alfabeto das Musas contém os versos da fase lírica do autor. Alice é o modelo dos demais sonetos dessa fase. Francisco Leite, que veio do interior quase inculto, fixou-se aqui e vencendo terríveis dificuldades conseguiu cultivar seu espírito, manter e educar sua numerosa família. Hoje é professor, e com o nome de Serra Azul tornou-se um de nossos poetas mais conhecidos. É de sua autoria o volume Natureza Ritmada, aparecido ultimamente e que foi uma vitória para o seu talento. Trecho publicado em O Ceará, de Raimundo Girão e Antonio Martins Filho, Edição de 1939 – editora Fortaleza. Rio de Janeiro, 9 de julho de 1977. Meu prezado poeta Francisco leite Serra Azul ( Serra Azul )Alameda das Verbenas, 322 – Q. 13 Aldeota fortaleza – Ce. Pax Tenho participado de vários livros do Aparício, menos deste último: anuário de poetas do Brasil – 1 vol. 77, onde, com satisfação acabo de ler os seus 10 sonetos, sob a denominação Versos bucólicos. Confesso – lhe, meu preclaro poeta, que estou maravilhado são 10 sonetos bucólicos muito bons , o que é bastante raro, hoje em dia, acontecer. Meus efusivos parabéns. Gostei muito dos seus: A farinhada, Aurora, pequeno munduru e a lua, todos de um fino lavor e bela inspiração. São difíceis de se fazer. Bravos. Queira dar – me a honra de ler o meu segundo livro de poesias: pensamentos poéticos, propaganda anexa, com 134 novos sonetos, entre alexandrinos, decassílabos e sonetilhos que tenho absoluta certeza de que irá gostar. Não o decepcionarei, meu estimado confrade e, desde já, aceite o meu abraço agradecido e os votos de boa saúde e inspiração. Do seu admirador. A poesia de Serra Azul. Francisco leite serra Azul é inconfundível com os demais poetas do Brasil. Inconfundível porque a sua poesia é de cunho científico – filosófico, ainda não cultivado no Brasil, filiando-se aos gêneros de Lucrécio, Ovídio e Goéthe. Seu livro Natureza Ritmada é uma prova disso. E o livro Versos Bucólicos pelas amostras que temos e pelo que verificamos na intimidade do poeta, não é mais do que uma continuação daquele no seu gênero predileto. Apenas a variante está em que Natureza Ritmada é cosmogônico. Dedica-se aos assuntos da astronomia, da física, da química, da meteorologia, da biologia e da fisiologia e anatomia humana. E matematicamente, entra pelos campos da geometria, onde descreve na Fôrça cósmica um universo de círculos, eclipses, triângulos e linhas, falando sobre a curva do tempo e as Dimensões do Espaço, onde entram em choque as leis da gravitação universal de Newton com as da relatividade de Einstein. Penetra ao fundo dos abismos estelares onde se acha a estrela Antares com seus 370 anos de luz distante de nós e que nenhum poeta como Bilac tem ouvidos para ouví-la ou entendê-la. E com a mesma facilidade desce aos profundos vales submarinos onde emitidos luz como os radiários, fala do motu-contínuo e da evolução na luta universal. Este é o enredo de natureza ritmada. Ao passo que versos bucólicos é geogênico ou geofísico. Trata-se de assuntos relativos ao adubo da terra, aos minerais, as plantas e aos animais. É todo dividido em ordem metódica. Há uma série de poemas e sonetos sobre plantas industriais e alimentícias outra sobre plantas medicinais, ornamentais e hortenses, outra sobre árvores frutíferas, árvores nativas e árvores.

Trecho publicado em O Ceará, de Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, Edição de 1939 – editora Fortaleza. Rio de Janeiro, 9 de julho de 1977.


Luiz Domingos de Luna
Colunista

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora –Ceará.


As opiniões aqui expressas não necessariamente coincidem com a da Revista Central


(Fonte: Revista Central, Dom, 08 de janeiro de 2012 - Luiz Domingos de Luna)





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FOTOS RARAS

CURIOSIDADES



Aeroporto em Gibraltara, um dos mais incomuns do mundo





Aeroporto nas Maldivas, localizado numa ilha artificial no meio do Oceano Índico

              




Água sobre água em Magdeburg - Alemanha





Arranha-céu “Crescent Moon Tower” em Dubai





Balões na Capadócia - Turquia





Deserto com flores. Florescem uma vez a cada vários anos.





Curioso túnel feito em Sequoia National Park, Califórnia.




Duas vezes por ano no México acontece essa migração. Por volta de 10.000 indivíduos desta  espécie nadam desde Yucatan até a Flórida na primavera e retornam no outono




Dubai. Vista do arranha-céu Burj Halifa. Altura 828 metros - 163 pisos...





Dubai - vista diretamente para baixo





Encontro do Mar Báltico com o Mar do Norte





Estas arvores crescem no bosque Grifino na Polonia - motivo das curvas desconhecido





Estátua na França criada por Bruno Catalano





Farol na França - no meio de uma tormenta





Favelas no Brasil. Contraste entre a riqueza e a pobreza





Fronteira entre Bélgica e Holanda em um dos cafés





House of Rizz – Alemanha





Lago Turquesa surgido em uma cratera. National Park Tongariro - Nova Zelândia.





Marcus Levine cria sua arte com o martelo, a madeira e os cravos. Esta obra tem mais de 50.000 cravos.





Montana, USA. A água deste lago é tão transparente que o faz parecer pouco profundo, quando na realidade é bastante profundo





Morning Glory – vista das nuvens na costa de Karpentaria, no norte da Austrália





Névoa densa em Sydney





Noite e Dia. Estátua  "O Semeador de Estrelas", é uma estátua localizada em Kaunas, Lituânia.


 




O maior carrossel do mundo - 117 metros





O maior engarrafamento do mundo, China - 206 Km





Oficina sob medida para a companhia Selgas Cano….em Madrid





Paraíso perdido no Oceano Índico. Ilha Laamu





Ponte chinesa Shandun- 36 km e 8 faixas





Ponte Vapro em Seul, Coréia do Sul





Restaurante sobre uma ilhota….costa leste de Zanzibar. Dependendo da maré, pode-se ir caminhando ou de bote.





Rússia. Rio Elena.





Terras coloridas na China





Tormenta em Montana, USA, 2010





Uma loja de computadores e afins em Paris. Na realidade o piso é plano






Varanda de vidro em Chicago - Piso 103





Vista exterior de um elevador em Chicago





Vista do por-do-sol de dentro de uma onda








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AEROPORTO DE GIBRALTAR


Alguns detalhes sobre o Aeroporto de Gibraltar




Muitos se queixam dos aeroportos no meio da cidade, sobretudo daqueles mais antigos e obsoletos, situados no meio de áreas densamente urbanizadas. Falam de poluição e de congestionamento do tráfego e não sem razão. Mas o aeroporto de Gibraltar é um caso extremo: localiza-se no coração da cidade e, além de tudo o resto, provoca um congestionamento de trânsito bem real.





Único no mundo, o aeroporto de Gibraltar situa-se a cerca de 500 metros do centro da cidade. A sua pista de aterragem confunde-se com uma vulgar avenida e, na verdade, apenas a largura excepcional e o facto de terminar no mar a distingem do restante sistema viário. Carros e outros veículos utilizam-na no dia-a-dia, cruzando-se com aviões que aterram e lavantam voo. Parece mentira mas não é.




O atual aeroporto começou sendo uma pista de aterragem de apoio à força aérea inglesa durante a Segunda Guerra Mundial. Gibraltar era então, como agora, uma colónia em território espanhol directamente dependente do Ministério da Defesa britânico, estatuto que tem dado origem a grandes conflitos diplomáticos entre os dois países. Finda a guerra, continuou a ser usado como base aérea e também para voos civis exclusivamente para Inglaterra. O aeroporto cresceu e a sua pista foi prolongada pelo mar dentro, em águas territoriais espanholas, o que aumentou ainda mais a tensão já existente. Ao longo destes anos todos a cidade também foi crescendo...

A pista do aeroporto cruza-se com a avenida Winston Churchil, uma importante via de ligação ao centro da cidade. É vulgar o semáforo ficar vermelho e os carros pararem para que um avião aterre ou levante voo, o que demora em média cerca de 10 minutos. Porém, em certos dias esta operação pode subir para duas horas, o que provoca um certo desespero nos condutores em espera.





Mas talvez nem tudo seja mau. Quem gosta de aviões, por exemplo, poderá sempre aproveitar e admirá-los de perto sentado comodamente no seu carro. Imagine-se a sensação de ver um enorme avião passar na estrada à sua frente: nem todas as crianças têm o privilégio de comentar isto com os seus colegas nos bancos da escola, especialmente se se tratar de um caça supersónico! Além de tudo o mais, que se saiba nunca houve nenhum acidente resultante de uma colisão entre um avião e um automóvel. É que aqui ninguém se atreve a passar um sinal vermelho...









(Publicado em recortes por benjamin júnior
Mais detalhes na página da Wikipédia.)






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