sexta-feira, 27 de setembro de 2013

OUTUBRO ROSA


OUTUBRO ROSA




Outubro, o décimo mês do calendário letivo além de trazer consigo as comemorações da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, também ganha destaque pela campanha “Outubro Rosa”, movimento internacional que simboliza a luta contra o câncer de mama, com estímulo da participação da população, empresas e entidades.
Iniciado nos Estados Unidos, a história da campanha remonta à última década do século passado, quando o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990, passando a ser realizado  anualmente na cidade.
Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, denominado como Outubro Rosa. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de boliche, etc.
Posteriormente teve início a ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros entre outros espaços, momento importante  para expansão cada vez mais abrangente para a população e que, principalmente, pudesse ser replicada em qualquer lugar, bastando apenas adequar a iluminação já existente.
A campanha alcançou o mundo de modo bonito, elegante e feminino, com a motivação e união de  diversos povos em torno de tão nobre causa.
No Brasil, o movimento começou no dia 2 de outubro de 2002, com a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, conhecido como Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. Nos anos seguintes outros pontos turísticos foram iluminados de rosa, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Pinacoteca de Santos, Palácio do Planalto, Congresso Nacional, entre outros. Hoje, diversas ações e eventos marcam o mês.
Dentre os incentivadores está  o Centro Comercial Aricanduva, que a exemplo de cartões postais da cidade como o Monumento das Bandeiras, a Ponte Estaiada e os arcos do Anhangabaú – Viaduto do Chá, o shopping também chama a atenção das mulheres para o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce.
A GAT Logística criou para a campanha um caminhão todo rosa com mensagens da importância da prevenção ao câncer de mama. O veículo se torna um importante aliado do Hospital de Câncer de Barretos (HCB) ao disseminar informações sobre como prevenir o câncer de mama, indicando uma boa alimentação, a prática de exercícios físicos regulares e exames periódicos.

Para celebrar o Outubro Rosa, a Fini Guloseimas e a Azul Linhas Aéreas, firmam parceria na luta contra o câncer de mama, e durante todo o mês de outubro, todos os passageiros que voarem pela Azul receberão uma embalagem de balas de gelatina em formato de aviãozinhos. Customizada especialmente para a campanha, a embalagem rosa faz homenagem ao público feminino.
O Complexo Comercial Tatuapé (Shopping Metrô Tatuapé e Shopping Metrô Boulevard Tatuapé) recebe, de 1º a 19 de outubro, o evento “Mulheres de Peito”. Em parceria com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (Gbecam), o evento tem por objetivo informar e conscientizar o público feminino a respeito do câncer de mama, que afeta anualmente mais de 50 mil mulheres entre 35 e 54 anos.






Fonte:
DCI-Diário Com. Ind. & Serv.
Dia 27/09/2013


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Idealiza

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

20 de SETEMBRO - OS GAÚCHOS


OS GAÚCHOS



O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.

Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.

Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"

Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.

Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais. Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: "E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão." (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).

Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.

Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!! rss) Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?
Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá.

Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!



by  Arnaldo Jabor - Os Gaúchos 
com Edson De Figueiredo Jr.



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VOU ME EMBORA PRO PASSADO

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

conter12

DESALENTO, INDIGNAÇÃO, IMPOTÊNCIA POR RICARDO SETTI - VEJA


SENTIMENTOS DE UM POVO E A JUSTIÇA BRASILEIRA 




"Amigas e amigos do blog, diante do resultado final do julgamento do Supremo Tribunal sobre a admissibilidade dos chamados embargos infringentes no processo do mensalão — o ministro Celso de Mello, último dos 11 ministros a votar e a desempatar, já deixou claro que vota por acatá-los –, confesso que escrevo com um profundo sentimento de derrota e de desânimo.

Um sentimento tão grande quanto o que senti quando as Diretas-Já não passaram por falta de 22 votos no Congresso, em 25 de abril de 1984.

Algo semelhante à tristeza, à perplexidade e o vazio diante da morte de Tancredo Neves, em 21 de abril de 1985.

Um sentimento de impotência, de desalento, de LUTO.

O ministro Celso de Mello, naturalmente, está em seu pleno direito de ao votar pela admissibilidade dos embargos existentes no Regimento Interno do tribunal, mesmo que eles não mais estejam previstos na legislação posterior ao regimento que trata, especificamente, da tramitação de processos em tribunais superiores.

Para justificar seu voto, o ministro se estendeu das Ordenações Filipinas do século XVII até os códigos processuais estaduais que a Constituição de 1891 permitia. Argumentou com as costumeiras solidez e erudição. O ministro insistiu na necessidade de um julgamento pelo Supremo não ser influenciado pelo “clamor público” e invocou com frequência a “racionalidade jurídica”.

Celso de Mello é um “defensivista”, partidário do direito de mais ampla defesa dos réus.

Mesmo réus sob os quais recai a acusação de estar envolvidos em uma conspiração corrupta para assestar um “golpe de Estado branco”, segundo palavras do ex-presidente do Supremo Carlos Ayres Britto.

Sempre respeitei o ministro Celso de Mello, por sua cultura jurídica, seriedade e aplicação ao trabalho.

Não acho que ele foi cooptado por ninguém, até por haver se manifestado antes na direção em que votou hoje.

Continuarei respeitando o decano do Supremo.

Mas jogo a toalha diante da Justiça brasileira.

Jogo a toalha, principalmente, diante da legislação com a qual a Justiça brasileira tem que trabalhar.

Todo o nosso arcabouço jurídico está pensado para NÃO punir os poderosos.

As leis já saem do Congresso, com raríssimas exceções, contendo esse nefasto chip.

E o emaranhado de códigos, leis, estatutos, regimentos e disposições processuais — ou seja, sobre a TRAMITAÇÃO das causas dentro do Judiciário –, tal como demonstrou brilhantemente em post neste blog o ilustre juiz de Direito em São Paulo Alfredo Attié, se tornaram, ao longo do tempo, uma forma de complicar e até de impedir a plena aplicação do direito.

Uma forma de atrapalhar ao máximo que se faça justiça.

É claramente o caso dos mensaleiros, que estão escapando da cadeia graças a filigranas processuais.

Admitida a possibilidade de embargos infringentes, como ocorreu hoje no Supremo, os advogados dos mensaleiros, pagos a peso de ouro — por quem???? –, o primeiro que farão é apresentar embargos de declaração para esclarecer supostos pontos obscuros dos embargos de declaração já julgados.

Parece coisa de Kafka, mas é a legislação brasileira a permitir a interminabilidade dos processos — única e exclusivamente para quem pode pagar advogadões, claro.

Dezenas de milhares de presos que apodrecem em nossas vergonhosas penitenciárias muitas vezes por delitos leves e que em alguns casos, por milagre, contam com um raro defensor público, JAMAIS vão obter qualquer colher de chá dessa barafunda processual.

Isso é coisa de rico e poderoso, para rico e poderoso.

No caso dos mensaleiros, somente depois de julgados os novos embargos de declaração, e somente após o absurdo recesso de fim de ano do Judiciário — Deus do céu, por que não se faz nesse Poder essencial à população rodízio para férias de seus integrantes, como em qualquer empresa? –, é que começarão a ser examinados, um a um, os embargos infringentes.

Esse lenga-lenga vai consumir boa parte do ano de 2014, se não o ano todo.

Ano em que haverá uma Copa do Mundo e eleições presidenciais, para o Congresso, os governos estaduais e as Assembleias Legislativas.

A opinião pública, exausta, estará descrente e dispersa.

É tanto tempo, que pode haver mais uma troca de ministros no Supremo, por aposentadoria ou pelo dedo do Altíssimo.

Estará tudo pronto, então, para que os mensaleiros tenham suas penas aliviadas para prisão em regime aberto, prisão domiciliar ou, mesmo, a plena absolvição.

De minha parte, desde já, jogo a toalha.

O que mais fazer?"  (Ricardo Setti)


Resposta:
Eu!  Como cidadã, sentimento total de impotência e desalento.





Fonte:
Transcrição do Texto da coluna de Ricardo Setti -Veja
data: 18-setembro-2013

domingo, 15 de setembro de 2013

A VIDA EM MARTE

COLONIZAÇÃO ESPACIAL

CURIOSIDADES SOBRE A VIAGEM E VIDA EM MARTE

Os brasileiros que sonham em colonizar Marte

Projeto Mars One promete enviar em 2023 — em uma viagem só de ida — a primeira equipe de astronautas a Marte. Mesmo não havendo garantias de que a empreitada vá para frente, mais de 10.000 brasileiros estão inscritos



DESAFIOS DE MARTE

Recomeçar a vida em Marte pode ser mais difícil do que parece.
Confira os principais obstáculos que os colonizadores deverão enfrentar.

Durante a era das grandes navegações, milhares de colonos europeus deixaram suas terras natais para conhecer, explorar e povoar um novo mundo. Era o começo do século XVI, e aqueles homens estavam dispostos a abrir mão de sua casa, família e segurança, para dar início a uma nova civilização na América, onde não sabiam que tipos de dificuldades iriam enfrentar — e de onde provavelmente nunca iriam voltar. Em busca de uma nova vida do outro lado do planeta, acabaram entrando para a História.

No século XXI, o espírito desbravador das grandes navegações ganha nova forma. O foco não é mais cruzar o Atlântico, mas o espaço sideral. Em vez de uma missão comandada por nobres e com uma tripulação de marinheiros experientes, a colonização de Marte pode ficar a cargo de uma empresa privada, comandada por executivos com senso de marketing e tripulada por participantes de um reality show. Esse é o plano da Mars One, empresa fundada pelo engenheiro holandês Bas Landsdorp, que pretende enviar 24 pessoas até o planeta a partir de 2023, numa viagem só de ida. Apesar de todo o descrédito com que o projeto foi recebido pela comunidade científica, mais de 200.000 voluntários se inscreveram para participar da missão — desses, 10.289 são brasileiros —, movidos basicamente pelo mesmo desejo que moveu os colonizadores antigos: o de entrar para a História.

A Mars One garante que toda a tecnologia necessária para a missão já existe. Em busca de artimanhas para aumentar sua credibilidade, ela tem entre seus apoiadores cientistas do calibre de Gerard’t Hooft, vencedor do Prêmio Nobel de Física de 1999. Ainda assim, o ceticismo é imenso. Pesquisadores da Nasa — que já afirmou que não vai enviar astronautas para Marte até 2030 —, por exemplo, duvidam que esse tipo de viagem tenha sucesso.

As principais dúvidas estão relacionadas não só à existência de tecnologias capazes de transportar e manter os humanos em segurança no planeta, mas também à fonte de financiamento do projeto. Segundo, a empresa, os 6 bilhões de dólares necessários para bancar a missão virão de doações, cotas de patrocínio e da transmissão do reality show.

As dúvidas, é claro, também afligem os voluntários brasileiros. “Existe o medo geral de que o projeto não passe de uma maneira tosca de ganhar dinheiro, e no fim nunca vá para frente”, diz Edmark Ciminelli, médico de 32 anos que se inscreveu para a viagem. Mesmo assim, o receio não foi suficiente para fazê-lo desistir do plano. Na verdade, ele conta que não pensa em voltar atrás. “Eu quero ser uma desbravador do espaço, como os personagens da série Star Trek. Meus amigos e familiares me chamaram de louco — e em alguns casos querem até me proibir de ir. Mas não têm como me impedir, sei que como médico posso ajudar muito na missão.”

O fato de tudo poder não passar de uma esperta jogada de marketing não foi suficiente para demover nenhum dos 200.000 voluntários, fascinados com a possibilidade de colonizar outro planeta. “Sinceramente, não tenho medo de dar errado. Caso o projeto seja sério e eu seja chamado, ficarei feliz. Se for mentira, não tem problema, pois não vai me impedir de desfrutar a vida aqui na Terra mesmo”, diz José da Silva Neto, 25 anos, militar da Força Aérea Brasileira que também se inscreveu no site da empresa. “De minha parte, essa é uma decisão muito séria. Quero ajudar a mudar a vida de várias pessoas”.


Colonizadores do amanhã — Para se inscrever no projeto, a única exigência era que o voluntário tivesse mais de 18 anos. Os interessados deveriam se cadastrar no site da Mars One, fornecendo informações pessoais e enviando um vídeo de um minuto explicando por que merecia tomar parte na viagem. Dentre os mais de 200.000 inscritos, o Brasil foi o quarto país com maior número de candidatos — com 5% do total—, atrás apenas de Estados Unidos (24%), Índia (10%) e China (6%).

Segundo os organizadores, os 24 colonizadores que farão parte da missão serão escolhidos a partir de uma série de características pessoais, como inteligência, criatividade, estabilidade psicológica e saúde. Eles, no entanto, não fornecem mais detalhes de quais serão os critérios adotados — se os candidatos que buscam têm mais o perfil dos astronautas selecionados pela Nasa ou dos participantes de reality shows que inundam a televisão brasileira. A ideia é que os selecionados sejam divididos em seis equipes de quatro pessoas, cada uma de uma nacionalidade diferente — o que aumenta a chance de um brasileiro fazer parte da missão.





“Essa é uma oportunidade de entrar para a História. Imagine só ser a primeira mulher a pisar em Marte, ser o Neil Armstrong brasileiro de Marte?”, diz a empresária Melissa Nechio, de 34 anos. Sem nada que a prenda à Terra — não tem marido nem filhos — ela foi uma das primeiras brasileiras a se inscrever no site da empresa, apenas cinco minutos depois de ser informada sobre o projeto. “Quando eu tinha oito anos, me lembro de pegar o atlas geográfico e fazer um plano de como ia conhecer o mundo inteiro. Hoje em dia, eu já visitei quase todos os continentes. Quando fiquei sabendo do projeto, pensei: ‘Posso ir ainda mais longe, onde nenhum ser humano esteve’”.

A equipe de voluntários brasileiros é variada ao extremo, formada por cientistas, médicos, desocupados, estudantes, deslumbrados, curiosos, fascinados por astronomia ou astrologia, jovens, idosos, doutores, músicos, empresários, solitários e pais de família. Todos dispostos a deixar tudo para trás, em busca de um lugar nos livros como os fundadores de uma nova civilização.

Alexandre Domingo de Albuquerque, por exemplo, descreve sua profissão como aventureiro. Com 30 anos, diz que vai sentir falta de tomar banho de mar e curtir um sol na praia, mas não abre mão da viajem para Marte. “Essa é uma escolha que pode ser feita apenas uma vez na vida. Não estamos falando da rua de baixo ou do país vizinho, mas de outro planeta. Eu quero participar da viagem pela aventura, pela ciência e pela fé. Quero ajudar a Terra a transformar Marte, torná-lo igual a nosso planeta”, diz.

Seu objetivo final é ainda mais ambicioso: marcar não só a história da Terra, mas do Universo. “Não vamos só povoar Marte, mas dar início à geração espacial. Ou seja, vamos gerar os filhos do Universo, criando uma civilização planetária. Todo nosso conhecimento humano será necessário nessa missão e, pelo tanto que já investiguei sobre as estrelas e o Universo em si, acho que estou pronto para ser um astronauta.“

No limite — Os 202.586 inscritos ainda devem passar por mais uma série de testes e provas até que sejam escolhidos aqueles que supostamente vão participar da missão. Eles serão submetidos a testes médicos e psicológicos para assegurar sua saúde, e passarão por entrevistas com os organizadores do projeto. As etapas de seleção serão feitas regionalmente, mas com transmissão para o mundo todo. Como se trata de um reality show, o público deverá ajudar a escolher os melhores candidatos.



Findo todo o processo, a primeira missão chegaria a Marte em 2023, com quatro voluntários a bordo. Depois disso, uma nova equipe será enviada a cada dois anos. Nessa primeira etapa, os desafios serão imensos — e os voluntários sabem disso. “Essa missão é incrivelmente complexa e perigosa. Um dos maiores riscos é a exposição à radiação solar, pois Marte não possui um campo magnético que proteja o astronauta. Por isso, os pesquisadores terão de desenvolver trajes especiais que, de alguma forma, reduzam esses feitos”, afirma Alex Aquino dos Santos, analista de sistemas de 27 anos que está inscrito entre os voluntários inscritos para a viagem.

Ele também cita outros perigos: como o pouso e a decolagem, e a fina poeira da superfície marciana, que pode fazer mal aos humanos e seus equipamentos. “Quando você é muito apaixonado pela ciência e tem o propósito de contribuir com a evolução, você não pensa muito nisso. Quero ajudar na continuidade da nossa espécie; nosso planeta está com os dias contados, e Marte é a única esperança que temos”, diz.

Segundo Douglas Galante, astrônomo do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, as dificuldades devem ser ainda maiores do que as apontadas, começando na própria viagem de ida. “Eles talvez nem cheguem lá. Os voluntários vão precisar de uma nave espacial que consiga mantê-los vivos pelo tempo da viagem — que pode durar de seis meses a um ano — ou seja, precisa ter suporte de oxigênio, temperatura e proteção à radiação no espaço. É importante lembrar que hoje não existe uma blindagem à radiação suficientemente boa e leve para ser usada em uma nave espacial.”

Em Marte, os desafios dos colonos serão montar a base onde viverão e aprender a usar os recursos do planeta a favor deles. “Para não entrar em contato com a atmosfera de Marte, toda vez em que saírem das instalações os astronautas precisarão usar roupas específicas. Se não fizerem isso, estarão sujeitos a uma atmosfera composta por substâncias ainda desconhecidas. Além disso, não sabemos quais podem ser as consequências do consumo de alimentos provenientes do solo marciano, pois não sabemos se ele é tóxico”, afirma Galante.



Mochileiros da galáxia — Afora as dificuldades enfrentadas no novo — e hostil — ambiente, a missão megalomaníaca implica mais um desafio: deixar para trás toda a vida construída na Terra. A decisão de abandonar para sempre mulher, filhos e amigos exige desprendimento por parte do voluntário e compreensão dos parentes. O militar José da Silva Neto, por exemplo, afirma que uma das primeiras coisas que falou para sua atual namorada foi sobre sua inscrição no Mars One. “Deve ser por isso que estou com ela desde então — porque ela aceitou”, afirma.

Para outros voluntários, a falta de raízes na Terra é só mais um motivo que os leva a sonhar com a vida em outro planeta. O mochileiro — formado em administração de empresas — Raphael Mariz, de 31 anos, por exemplo, diz que ficou sabendo sobre a Mars One enquanto estava viajando pela Grécia, em meio a uma volta ao mundo que já dura 16 meses. “Estou viajando por terra, pegando caronas, cruzando fronteiras, ficando na casa de desconhecidos em busca de um novo lugar que possa chamar de lar. Após comentar que estava cansado de viver nesse mundo e adoraria conhecer outros, minha companheira de viagem italiana me contou que estavam recrutando pessoas para ir para Marte”, afirma.

A possibilidade de trocar de planeta, deixar tudo para trás e criar uma nova civilização do zero foi justamente o que levou à sua inscrição. “Nós podemos criar uma nova sociedade, onde terei a chance de construir um novo começo e um mundo livre dos erros cometidos na Terra. Lá, viveremos em prol dos outros, e não do indivíduo. Não precisaremos fazer guerras por terra, religião e poder. Estou pronto para dizer adeus. Adoraria ser o primeiro a pisar em Marte e, quem sabe, o pai do primeiro marciano”.







Fontes: veja (Guilherme Rosa e Mariana Janjacomo)
(Luiz Fernando Pegorano do Dep de Psicologia Médica e Psiquiatria da Unicamp e Ronald Ranvaud, físico do Dep de Fisiologia e biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP)



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sábado, 7 de setembro de 2013

REPELENTE CASEIRO CONTRA DENGUE


Óleo Repelente contra o mosquito da Dengue.

DENGUE - Aedes Aegypti 

Repelente Natural ou caseiro





DENGUE  (Aedes Aegypti): 


Óleo
Componentes:
- 1/2 litro de álcool;
- 1 pacote de cravo da Índia (20g);
- 1 vidro de óleo de bebê (100ml).

Deixe o cravo curtindo no álcool uns 7 dias, agitando duas vezes ao dia (manhã e tarde);
Depois coloque o óleo corporal (pode também ser de amêndoas, camomila, erva-doce, aloé vera...).
Passe a mistura nos braços, nas pernas e o mosquito foge do seu alcance.

O cravo espanta formigas da cozinha e até dos equipamentos eletrônicos, espanta também as pulgas dos animais.

O repelente evita que o mosquito sugue o nosso sangue, assim, ele não consegue maturar os ovos e atrapalha a postura, vai diminuindo a proliferação. 

Não forneça sangue para o aedes aegypti !
Você pode colocar mais cravo da índia.
O óleo serve para fixação então é para ser colocado só depois que os cravos estiverem bem curtidos  e serve para fixar na pele..




Fora Aedes Aegypti





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