segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CURIOSIDADES SOBRE A LUA

10 CURIOSIDADES SOBRE A LUA


1ª )  -  Filha da Terra

Novos estudos científicos indicam que a Terra pode ser mãe solteira da Lua. No ano passado, dois estudos desafiaram a teoria mais aceita, de que uma colisão gigantesca entre a Terra e um objeto do tamanho de Marte teria dado origem à Lua há 4,5 bilhões de anos. O nome do suposto “pai” seria Theia. Mas a análise química de amostras da Lua coletadas durante a missão Apollo, na década de 1970, indicou que o material do qual a Lua é feita veio apenas da Terra.

Junjun Zhang analisou o titânio de amostras terrestres, lunares e de meteoritos

""Uma nova análise química de material lunar coletado durante a missão Apollo, na década de 1970, coloca em contradição a teoria mais aceita de que uma colisão gigantesca entre a Terra e um objeto do tamanho de Marte teria dado origem à Lua há 4,5 bilhões de anos. O estudo foi publicado no periódico britânico Nature Geoscience.
A simulação mais aceita sobre a formação da Lua sugere que ela teve dois "pais", a Terra e um corpo planetário chamado Theia. Contudo, uma análise de amostras da Lua, Terra e outros meteoritos indica que o material lunar veio apenas da Terra.
O estudo foi conduzido por Junjun Zhang, mestranda em ciências geofísicas na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos e pelo professor dela, Nicolas Dauphas. Os autores explicam que se dois corpos tivessem gerado a Lua, o satélite natural teria herdado material de ambos em quantidades equivalentes. Mas os cientistas descobriram que os materiais analisados da Lua e da Terra eram iguais. "É uma criança de apenas um pai, até onde sabemos", disse o professor.
DNA espacial - A análise foi feita a partir de isótopos de titânio. Isótopos são versões de um mesmo elemento químico com igual número de prótons, mas não de nêutrons. "Quando olhamos para diferentes corpos celestes, há uma diferença na assinatura de isótopos, como se cada um tivesse um DNA espacial", explicou Dauphas.
As amostras da Lua e da Terra mostram que o satélite natural tem uma proporção de isótopos de titânio idêntica à da Terra, disse Junjun. "Mesmo após 40 anos da missão Apollo, ainda há muita ciência a ser feita com as amostras que foram trazidas de lá", disse Dauphas."

"Dois novos estudos que serão publicados nesta próxima quinta-feira na revista Science propõem uma nova explicação para a origem da Lua. Por meio de simulações de computador, eles mostram que o satélite poderia ter se formado a partir de pedaços da própria Terra, após o planeta ter sido atingido por um impacto gigantesco. Os novos modelos desafiam uma teoria antiga, chamada de Hipótese do Grande Impacto, que diz que a Lua teria sido produzida pelo material de um planeta pequeno – do tamanho de Marte – depois de uma colisão com a Terra há 4,5 bilhões de anos. Os restos desse planeta teriam sido incorporados pelo núcleo da Terra. 


Esta teoria surgiu nos anos 1970, e ganhou força nos 1980, quando simulações de computador mostraram que a Lua poderia ter sido criada com material de fora da Terra. Estas simulações previam que a colisão desse planeta com a Terra daria origem à Lua, e o impacto do choque daria início aos movimentos de rotação e translação do astro, que teriam se mantido intactos até hoje. A teoria se mostrou imperfeita quando, anos mais tarde, análises de amostras retiradas do satélite mostraram que ele tinha uma composição química similar à do manto terrestre, uma camada que fica abaixo da crosta de nosso planeta.  
Agora, uma pesquisa liderada pela astrônoma Matija Ćuk, da Universidade de Harvard, mostrou que a Lua também poderia ter se formado a partir de pedaços da própria Terra. Eles usaram uma série de simulações de computador para mostrar que um impacto gigantesco poderia fazer com que um disco se soltasse do manto do planeta e passasse a girar em sua volta. Nesse sistema, a velocidade de rotação e translação da Lua logo após o impacto seriam maiores que as atuais.  No entanto, as simulações mostraram que o sistema poderia perder velocidade por conta de fatores externos, como a gravidade do Sol, até atingir o estado de hoje. 
Em um estudo separado, publicado na mesma edição da Science, o astrônomo Robin Canup, do Southwest Research Institute, nos Estados Unidos, mostrou que a Lua também poderia ter sido formada após a colisão de dois planetas de massa semelhante à da Terra. O impacto iria produzir um satélite com o mesmo tamanho da Lua, e a mesma composição química da Terra. ""

Fonte:
Veja - Ciência 
Espaço - 29/03/2012  
Astronomia - 17/10/2012



2ª )  -  Gelo lunar

No meio do ano de 2011, após analisar imagens da Lua obtidas pela sonda Lunar Reconnaissence Orbiter, da Nasa, um grupo de pesquisadores afirmou que poderia existir gelo na superfície da cratera Shackleton, próxima ao polo sul do satélite natural da Terra. Devido ao intenso brilho no interior da cratera, os pesquisadores estimaram que ela poderia ser composta por até 22% de gelo. Meses depois, pesquisadores da Nasa reforçaram a hipótese da existência de gelo na cratera, mas baixaram a estimativa para 10%. A cratera Shackleton é considerada pela agência espacial americana uma candidata a funcionar como base lunar no futuro, caso seja confirmada a presença de gelo.

""Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, divulgaram nesta quinta-feira, 30/08/2012, dados que reforçam a hipótese de que haja gelo na cratera Shackleton, no polo sul da Lua. No entanto, a quantidade de gelo, estimada com base em informações da sonda Lunar Reconnaissence Orbiter (LRO), é menor do que os pesquisadores supunham.

A suspeita da existência de gelo na cratera havia sido divulgada em junho por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que também analisaram imagens feitas pela Lunar Reconnaissence Orbiter. À época, eles estimaram que suas paredes poderiam ser compostas por até 22% de gelo. Agora, com base nos dados do radar da sonda, cientistas da Nasa afirmam que o gelo em suas paredes não deve passar de 10%.

Vários dos instrumentos da LRO fizeram contribuições para essa pesquisa, mas apenas o radar penetra abaixo da superfície para procurar evidências de depósitos de gelo", explica o cientista da Nasa John Keller. O radar pode sondar a presença de água até dois metros abaixo da superfície. "Estes resultados impressionantes contribuem ainda mais para a hipótese de haver água na Lua”, disse Keller.

As medições da Lunar Reconnaissence Orbiter foram feitas durante três observações entre dezembro de 2009 e junho de 2010, mas a análise dos dados só foi divulgada nesta semana.""

Fonte:
Veja - Ciência 
Espaço 31/08/2012



3ª )  -  Naufrágio do Titanic

Um estudo sobre o naufrágio do Titanic culpou até a lua pelo ocorrido. Segundo uma pesquisa americana, um raro alinhamento do Sol e da Lua, quatro meses antes do acidente que matou mais de 1.500 pessoas, teria desprendido um grande número de icebergs, que acabaram entrando na rota do transatlântico. O alinhamento entre os dois astros teria reforçado a atração gravitacional, produzindo marés altíssimas. Assim, os astrônomos chegaram à conclusão de que a maré excepcionalmente alta de janeiro de 1912 teria desencalhado icebergs da Groenlândia, que se deslocaram rumo ao sul pelas correntes oceânicas, tendo tempo suficiente para chegar às rotas de navegação do Titanic.




""Alinhamento raro do Sol e da Lua pode ter ajudado a afundar Titanic

Fenômeno astrônomico excepcionalmente incomum pode ter sido responsável pela abundância de icebergs na rota de navegação do navio

Uma novo estudo liga o naufrágio do Titanic, ocorrido 100 anos atrás, a um raro alinhamento do Sol e da Lua, quatro meses antes do desastre que matou mais de 1.500 pessoas. Segundo cientistas da Universidade Estadual do Texas em San Marcos, nos Estados Unidos, o evento astronômico teria desprendido um grande número de icebergs, que acabaram entrando na rota do transatlântico.

"A real causa do naufrágio evidentemente foi o fato de o navio atravessar a toda velocidade uma região cheia de icebergs, mas a conexão lunar pode explicar como um número extraordinariamente grande de icebergs entrou no caminho do Titanic", conta Donald Olson, um dos autores da pesquisa, publicada na edição de abril da revista Sky & Telescope.

Para explicar o número incomum de icebergs na rota da embarcação, os astrônomos se inspiraram no trabalho do oceanógrafo Fergus J. Wood, da Califórnia. O estudioso das marés sugeriu que uma aproximação rara da Lua ao planeta Terra, ocorrida em 4 de janeiro de 1912, pode ter contribuído para marés também mais altas do que o normal.

Os pesquisadores descobriram agora que, nessa mesma data, ocorreu também outro fenômeno raríssimo: a Lua e o Sol se alinharam de forma que a atração gravitacional foi reforçada, causando um efeito conhecido como maré de sizígia. Este efeito é responsável por produzir marés altíssimas.

Além disso, a proximidade da Lua com o planeta foi a maior registrada em 1.400 anos e ocorreu durante seis minutos de uma lua cheia. Já a aproximação máxima do Sol à Terra aconteceu no dia anterior. "Essa configuração maximizou as forças lunares que levantam as marés dos oceanos do planeta", diz Olsen.

Inicialmente, os cientistas pesquisaram se as marés mais cheias tinham aumentando o desprendimento de icebergs na Groelândia. Porém, eles perceberam que, para alcançar a rota de navegação do Titanic em abril, os icebergs desprendidos das geleiras da Groelândia em janeiro deveriam ter se deslocado muito rápido e em sentido contrário às correntes.

No entanto, segundo depoimento das tripulações dos outros navios que responderam ao chamado do Titanic no dia do naufrágio, havia muitos icebergs na área do acidente. Tanto é que as rotas marítimas foram desviadas muitos quilômetros para o sul pelo resto da temporada de 1912. Assim, a dúvida sobre a procedência desses icebergs ainda existia.

De acordo com a pesquisa americana, a resposta sobre essa abundância de gelo na região está nos icebergs encalhados ou à deriva. À medida que os icebergs da Groelândia se movimentam para o sul, muitos ficam presos nas águas menos profundas do litoral de Terra Nova e Labrador, província do Canadá.

Normalmente, os icebergs permanecem no local até que derretam o suficiente para desencalhar ou até que uma maré alta os liberte. Assim, os astrônomos chegaram à conclusão de que a maré excepcionalmente alta de janeiro de 1912 teria desencalhado estes icebergs, que se deslocaram rumo ao sul pelas correntes oceânicas, tendo tempo suficiente para chegar às rotas de navegação do Titanic.""

Fonte:
Veja - Ciência
Astronomia 07/03/2012



4ª)  -  Irmã menor

Bilhões de anos atrás, a Terra pode ter tido duas luas em sua órbita. Segundo essa teoria, a “irmã” menor teria sido incorporada à Lua após uma colisão. Tal fenômeno poderia explicar a superfície acidentada e as diferenças entre as duas faces do satélite. A face clara, voltada para a Terra, tem uma superfície relativamente suave e plana. Já a escura, que não pode ser avistada da Terra, tem montanhas que chegam a 3.000 metros de altura e crateras profundas. A hipótese está à espera de novas provas para ser confirmada.

""Terra pode ter tido duas luas há bilhões de anos

Um satélite menor teria colidido com a Lua, o que poderia explicar o terreno acidentado de sua face escura, com montanhas que chegam a 3.000 metros

Bilhões de anos atrás, a Terra pode ter tido duas luas em sua órbita. É o que dizem pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, em artigo publicado na revista Nature. De acordo com eles, durante a formação do Sistema Solar, um segundo satélite, menor, pode ter sido incorporado à Lua em uma colisão ocorrida a baixa velocidade. A hipótese explicaria a diferença encontrada nos relevos atuais das duas faces do satélite.

A face clara da Lua, que está voltada para a Terra, é uma superfície relativamente suave e plana. Já o lado escuro do satélite, que não pode ser avistado da Terra, tem montanhas que chegam a 3.000 metros de altura e crateras profundas. A diferença tem intrigado cientistas há tempos. Várias teorias foram levantadas para explicar a diferença, como o bombardeio assimétrico de asteroides e cometas e a deformação desigual resultante da própria rotação do satélite.

Pela hipóteste de Martin Jutzi e Erik Asphaug, responsáveis pelo trabalho publicado na Nature, duas luas foram formadas com o material ejetado quando um protoplaneta do tamanho de Marte colidiu com a Terra. À medida que o Sistema Solar evoluiu para sua configuração atual, uma destas luas, com cerca de um terço do diâmetro da que vemos hoje, pode ter ficado suspensa entre as atrações gravitacionais da Terra e do satélite maior por dezenas de milhões de anos. Finalmente, o satélite menor passou a dividir a órbita com a Lua, até que se encontraram e se uniram.

Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores simularam no computador o possível impacto entre a Lua e um satélite menor. A partir disso, conseguiram avaliar a evolução e distribuição dos materiais no Sistema Solar. Em uma velocidade baixa, a colisão entre luas não formaria uma cratera gigante nem induziria a dispersão do material. Em vez disso, uma nova camada espessa e sólida seria formada na superfície da Lua - como sua atual face escura. Este cenário também ajudaria a explicar a presença de certos minerais neste lado do satélite.

Provas - Em um comentário também publicado na Nature, Maria Zuber, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ressalva que, por enquanto, trata-se de uma hipótese. "O estudo demonstra plausibilidade, não provas", diz. Maria lembra que as origens das montanhas da face escura do satélite têm sido "um tópico de especulação desde as primeiras medições globais sobre a forma da Lua".

A nova teoria poderá ser confirmada ou contestada por dados que devem ser disponibilizados no ano que vem pela missão Lunar Reconnaissance Orbiter, da Nasa, bem como pelo mapeamento gravitacional de alta resolução a ser feito pela missão Grail (Gravity Recovery and Interior Laboratory, na sigla em inglês),

Bilhões de anos atrás, a Terra pode ter tido duas luas em sua órbita. É o que dizem pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, em artigo publicado na revista Nature. De acordo com eles, durante a formação do Sistema Solar, um segundo satélite, menor, pode ter sido incorporado à Lua em uma colisão ocorrida a baixa velocidade. A hipótese explicaria a diferença encontrada nos relevos atuais das duas faces do satélite.

A face clara da Lua, que está voltada para a Terra, é uma superfície relativamente suave e plana. Já o lado escuro do satélite, que não pode ser avistado da Terra, tem montanhas que chegam a 3.000 metros de altura e crateras profundas. A diferença tem intrigado cientistas há tempos. Várias teorias foram levantadas para explicar a diferença, como o bombardeio assimétrico de asteroides e cometas e a deformação desigual resultante da própria rotação do satélite.

Pela hipóteste de Martin Jutzi e Erik Asphaug, responsáveis pelo trabalho publicado na Nature, duas luas foram formadas com o material ejetado quando um protoplaneta do tamanho de Marte colidiu com a Terra. À medida que o Sistema Solar evoluiu para sua configuração atual, uma destas luas, com cerca de um terço do diâmetro da que vemos hoje, pode ter ficado suspensa entre as atrações gravitacionais da Terra e do satélite maior por dezenas de milhões de anos. Finalmente, o satélite menor passou a dividir a órbita com a Lua, até que se encontraram e se uniram.

Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores simularam no computador o possível impacto entre a Lua e um satélite menor. A partir disso, conseguiram avaliar a evolução e distribuição dos materiais no Sistema Solar. Em uma velocidade baixa, a colisão entre luas não formaria uma cratera gigante nem induziria a dispersão do material. Em vez disso, uma nova camada espessa e sólida seria formada na superfície da Lua - como sua atual face escura. Este cenário também ajudaria a explicar a presença de certos minerais neste lado do satélite.

Provas - Em um comentário também publicado na Nature, Maria Zuber, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ressalva que, por enquanto, trata-se de uma hipótese. "O estudo demonstra plausibilidade, não provas", diz. Maria lembra que as origens das montanhas da face escura do satélite têm sido "um tópico de especulação desde as primeiras medições globais sobre a forma da Lua".

A nova teoria poderá ser confirmada ou contestada por dados que devem ser disponibilizados no ano que vem pela missão Lunar Reconnaissance Orbiter, da Nasa, bem como pelo mapeamento gravitacional de alta resolução a ser feito pela missão Grail (Gravity Recovery and Interior Laboratory, na sigla em inglês).""


Fonte:
Veja Ciência 
Sistema Solar 03/08/2011



5ª )  - Lua mais jovem

Um estudo de 2011 fez a Lua rejuvenescer 100 milhões de anos. A análise de uma rocha lunar trazida à Terra pela missão Apollo 16, em 1972, mostrou que o satélite pode ter se formado mais tarde do que se pensava. Os cientistas admitem, contudo, que as amostras podem não representar a parte mais antiga da crosta da Lua e que novos estudos seriam necessários para reescrever a certidão de nascimento do satélite.

""Lua 'rejuvenesce' 100 milhões de anos em novo estudo

Análise de amostras lunares trazidas pela missão Apollo 16 revela que satélite pode ter se formado 100 milhões de anos depois do que se pensava

A Lua pode ser mais nova do que se imaginava: em vez de ter sido formada há 4,5 bilhões de anos, quase junto com o Sistema Solar, seu 'nascimento' teria se dado 100 milhões de anos mais tarde. É o que indica a análise de uma rocha lunar trazida à Terra pela missão Apollo 16, em 1972, realizada por uma equipe de cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca. O estudo foi publicado no periódico Nature.

A teoria dominante para a origem da Lua é de que ela é o resultado do choque de um corpo celeste gigante contra um planeta Terra ainda em formação. O impacto arrancou um pedaço do planeta, então uma bola de material derretido, e formou o satélite natural. Assim como a Terra, a Lua também foi esfriando com o tempo. O oceano de magma se solidificou em diferentes compostos minerais, e os mais leves formaram a crosta mais antiga da Lua - cuja amostra foi agora analisada.

Demora - Se a amostra da crosta lunar está na Terra desde 1972, por que os cientistas demoraram tanto tempo para chegar a essa conclusão? "Embora as amostras tenham sido cuidadosamente armazenadas, tivemos que descontaminá-las do chumbo terrestre utilizando uma técnica que não existia até agora", responde James Connelly, da Universidade de Copenhagen.

Uma vez limpas, as amostras revelaram o material lunar puro. Quando os cientistas calcularam a data das rochas descontaminadas, descobriram que elas são 100 milhões de anos mais novas do que o esperado. A idade coincide com os minerais mais velhos da Terra: 4,36 bilhões de anos. Isso sugere que as crostas mais antigas da Terra e da Lua formaram-se aproximadamente na mesma época.

Os cientistas admitem, contudo, que as amostras podem não representar a parte mais antiga da crosta da Lua. Qualquer que seja o cenário, afirmam, novos estudos são necessários para reavaliar os modelos de formação do satélite.""

Fonte: 
Veja - Ciência 
Astronomia 17/08/2011



6ª )  -  Plantação de legumes

O ambicioso programa espacial da China pretende, entre outros projetos, levar uma missão tripulada à Lua no futuro – algo que, até hoje, foi feito apenas pelos Estados Unidos. Um dos estudos que estão sendo desenvolvidos com esse objetivo inclui o cultivo de legumes no espaço. Em um experimento realizado em Pequim, quatro tipos diferentes de vegetais cresceram em uma cabine de 300 metros cúbicos, cujo objetivo é permitir que os astronautas produzam as próprias reservas de ar, água e alimentos durante as missões. Segundo a agência espacial chinesa, o sistema foi construído em 2011, utiliza plantas e algas e deve ser empregado em bases na Lua ou em Marte.

""Chineses querem plantar legumes na Lua

País asiático, que tem um ambicioso programa espacial, quer reduzir a dependência de estoques de insumos básicos em missões espaciais

Os astronautas chineses poderão no futuro cultivar legumes em missões espaciais na Lua ou em Marte. É o que indica uma experiência científica preliminar realizada em Pequim, segundo a imprensa estatal do país.

Quatro tipos diferentes de vegetais cresceram em um "dispositivo de ecossistema artificial", uma cabine de 300 metros cúbicos cujo objetivo é permitir que os astronautas produzam as próprias reservas de ar, água e alimentos durante as missões, de acordo com a agência oficial Xinhua. As plantas capturaram dióxido de carbono e proveram oxigênio para duas pessoas que participaram do teste. 

Segundo a agência, o sistema foi construído em 2011, utiliza plantas e algas e deve ser empregado em bases fora da Terra, na Lua ou em Marte.""


Fonte:
Veja - Ciência
Espaço -  04/12/2012



7ª )  -  Mistério da aurora boreal lunar

A Nasa lançou em setembro deste ano a sonda Explorador de Atmosfera e Poeira Lunar (Ladee, na sigla em inglês) para tentar resolver um mistério lunar que já dura mais de 40 anos. Na última expedição tripulada à Lua, a Apollo 17, os astronautas relataram ter visto um brilho no horizonte lunar logo antes do nascer do Sol, semelhante à aurora boreal. O fenômeno, esboçado no caderno de Eugene Cernan (imagem acima), comandante da missão, surpreendeu os cientistas, já que a Lua não tem uma atmosfera espessa o suficiente para refletir a luz do Sol dessa maneira. A sonda vai testar a teoria elaborada pelos cientistas segundo a qual o misterioso fenômeno é efeito da poeira lunar, eletricamente carregada, em suspensão.

Sonda que buscará resolver mistério lunar é lançada

""Missão vai tentar desvendar brilho nos crepúsculos lunares, fenômeno descrito por astronautas que estiveram na Lua como semelhante à aurora boreal

A Nasa lançou na madrugada deste sábado,  07 de setembro de 2013,  a partir da Ilha de Wallops, no litoral do estado da Virgínia, a cápsula robótica que orbitará a Lua para tentar resolver um mistério de cinco décadas: os crepúsculos lunares. A sonda chamada Explorador de Atmosfera e Poeira Lunar (Ladee, na sigla em inglês) tem o tamanho de um automóvel compacto e pesa 383 quilos.

O foguete carregando a cápsula partiu, segundo o programado, à 0h27 deste sábado (em Brasília) da instalação da Nasa onde funciona o Centro Espacial de Wallops, localizado a 270 quilômetros da capital americana. Criado em 1945, ele tem sido usado para lançar pequenas naves suborbitais e balões científicos.

Aurora boreal – Na última expedição tripulada até a Lua, a Apollo 17, os astronautas relataram ter visto um brilho no horizonte lunar logo antes do nascer do Sol, semelhante à aurora boreal. O fenômeno, esboçado em seu caderno por Eugene Cernan, comandante da missão, surpreendeu os cientistas, já que a lua não tem uma atmosfera suficiente espessa o suficiente para refletir a luz do Sol dessa maneira.

A nova missão, estimada em 280 milhões de dólares, vai durar aproximadamente um mês. Quando entrar na órbita lunar, o Ladee vai testar a teoria elaborada pelos cientistas segundo a qual o misterioso fenômeno é efeito da poeira lunar, eletricamente carregada, em suspensão.

a sonda vai investigar ainda o entorno gasoso da Lua, denominado exosfera (fino demais para ser considerado uma atmosfera). De acordo com os especialistas encarregados da missão, os dados podem ajudar na pesquisa de outros corpos do Sistema Solar, como o planeta Mercúrio e asteroides.

"Por meio das sondas de reconhecimento, descobrimos que a Lua continua evoluindo e que, de fato, tem uma espécie de atmosfera", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões científicas. Para ele, esta missão "poderia ajudar a entender melhor a diversidade do nosso Sistema Solar e sua evolução".

Reprodução

Desenhos feitos por Eugene Cernan, comandante da missão Apollo 17
Comunicação a laser – A Nasa pretende ainda testar um sistema de comunicação espacial a laser, que poderia melhorar a comunicação entre os satélites e suas bases na Terra. Com essa ligação, os dados poderiam ser transmitidos do espaço até seis vezes mais rápido do que atualmente.

A última missão da Nasa para a Lua foi em 2012, com o lançamento das sondas gêmeas Grail para medir seu campo gravitacional. Antes disso, em 2009, os Estados Unidos lançaram as duas sondas, que confirmaram a presença de água em forma de gelo em uma cratera no polo sul da Lua.""


Fonte:
Veja - Ciência
Espaço 07/09/2013



8ª )  -  Mesma água

Uma pesquisa do ano de 2013 descobriu que a água da Lua tem a mesma origem que a presente na Terra. Ambas teriam sido trazidas por pequenos meteoritos chamados condritos carbonácios, que atingiram a região cerca de 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar a composição química de rochas lunares coletadas durante as missões Apollo 15 e 17, realizadas no começo da década de 1970, e perceber que ela era semelhante à da água encontrada na Terra e nos meteoritos.

Recentemente, os pesquisadores comprovaram a presença de água na Lua. Agora, 
eles descobriram que ela tem a mesma origem que a água encontrada na Terra 



""Água da Lua tem a mesma origem que a da Terra

Análise química de rochas lunares mostra que a água teria vindo de pequenos meteoritos chamados condritos carbonáceos, que atingiram a região cerca de 100 milhões de anos após a formação do sistema solar.

Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista Science mostrou que a água presente na Lua tem a mesma origem que a encontrada no planeta Terra. Ambas teriam sido trazidas por pequenos meteoritos chamados condritos carbonácios, que atingiram a região cerca de 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar a composição química de rochas lunares coletadas durante as missões Apollo 15 e 17, realizadas no começo da década de 1970, e perceber que ela era semelhante à da água encontrada na Terra e nos meteoritos.

Segundo pesquisas anteriores, a Lua teria se formado a partir de um disco de detritos expelido quando um corpo imenso — do tamanho de um planeta — atingiu a Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Os cientistas assumiam que o calor provocado por esse impacto teria feito com que todo o hidrogênio presente no local atingido evaporasse, e a Lua fosse um satélite completamente seco. Pesquisas recentes da Nasa, no entanto, mostraram que a Lua possui água tanto em sua superfície quanto em seu interior.

Ao mostrar que a água presente na Lua e na Terra tem a mesma origem, o estudo oferece evidências de que o satélite nunca — ou por muito pouco tempo — esteve seco. "A explicação mais simples para o que encontramos é que já existia água na Terra na época do impacto gigantesco. Um pouco dessa água teria sobrevivido ao impacto, e é isso que vemos na Lua", diz Alberto Saal, a geoquímico de Universidade Brown, nos Estados Unidos, e um dos autores da pesquisa. Outra hipótese é que tanto a Lua quanto a Terra teriam sido atingidos pela mesma família de meteoritos pouco tempo depois de terem se separado.

Cometas contra meteoritos — Para descobrir a origem da água na Lua, os pesquisadores analisaram fragmentos de rochas vulcânicas coletadas pelas missões da Nasa. Como esses pequenos fragmentos estavam encapsulados dentro de cristais, a água não evaporou com o passar do tempo, mantendo uma composição semelhante a que deve ser encontrada no interior do satélite. Uma pesquisa de 2011 já havia mostrado que essas rochas possuem muita água — em quantidade semelhante à encontrada em rochas vulcânicas formadas no fundo dos oceanos da Terra.


Imagem do fragmento de rocha lunar analisado, preso dentro de um cristal


Os cientistas compararam a quantidade de hidrogênio presente nessas amostras com a de deutério — um isótopo do hidrogênio, com um nêutron a mais que o elemento original. Os pesquisadores já sabiam que as moléculas de água originadas em diferentes locais do Sistema Solar têm diferentes proporções de deutério em sua composição. Em geral, as amostras formadas mais perto do Sol têm uma quantidade menor do elemento do que as formadas em locais distantes.

Como resultado das análises, os pesquisadores descobriram que as proporções de deutério e hidrogênio nas amostras lunares eram relativamente baixas, semelhantes às encontradas na água terrestre e nos condritos carbonáceos. Esses meteoritos são originários do Grande Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter e são conhecidos como alguns dos objetos mais antigos do sistema solar.

Uma outra teoria que existia para explicar a origem da água na Lua e na Terra é que ela teria vindo de cometas — que também são conhecidos por carregar a substância. No entanto, a maioria deles é formada em regiões muito distantes, nos extremos do Sistema Solar, e possuem proporções muito grandes de deutério. "Essa medidas foram muito difíceis de obter, mas esses dados são as melhores evidências que possuímos até agora de que os condritos foram a fonte comum de água na Terra e na Lua — e talvez até em todo o Sistema Solar", diz Erik Hauri, pesquisador do Instituto Carnegie de Ciências, nos Estados Unidos, que também participou do estudo.""

Fonte:
Veja - Ciência
Astronomia 10/05/2013 



9ª )  -  Lua Azul 
Lua Azul não tem relação com possível mudança de cor, mas ocorre em 
quando a Lua faz duas aparições no mesmo mês em sua fase cheia 

O famoso fenômeno conhecido como Lua Azul não tem nada a ver com a cor do satélite — e sequer é considerado um evento astronômico. A Lua Azul ocorre a cada dois anos e sete meses, e significa apenas a ocorrência de uma segunda lua cheia em um mesmo mês. Ela acontece por uma falta de sincronia entre o calendário lunar e o gregoriano, adotado na maior parte do mundo. Enquanto o calendário de fases da Lua dura 29,5 dias, o gregoriano tem meses de 30 ou 31 dias – com exceção de fevereiro. Essa diferença de dias provoca o fenômeno.

""Esclarecimento:

Os brasileiros poderão observar no céu do dia 31 de agosto de 2012 a partir das 18 horas o fenômeno conhecido como 'Lua Azul', que acontece a cada dois anos e sete meses. No entanto, ninguém deve esperar mudanças na cor do satélite. A expressão designa apenas a ocorrência de uma segunda lua cheia em um mesmo mês. 

O registro da 'Lua Azul' não é considerado um evento da astronomia. Ele ocorre por causa da falta de sincronização entre o calendário de fases da Lua e o calendário gregoriano, adotado na maior parte do mundo.  Enquanto o calendário de fases da Lua dura 29,5 dias, o gregoriano tem meses de 30 ou 31 dias – com exceção de fevereiro. Essa diferença de dias acaba provocando o fenômeno. 

"É mais um evento popular, que os místicos gostam de invocar, e não tem importância astronômica", diz Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos. "De qualquer forma, mesmo que o evento não tenha muito significado, as pessoas deviam olhar para a Lua hoje, que vai estar cheia e bela", disse Rojas.

'Dia de São Nunca' — A expressão 'Lua Azul' é usada popularmente para descrever fenômenos raros ou impossíveis de acontecer, um equivalente do 'dia de São Nunca' no Brasil.

Segundo Rojas, a escolha do nome 'Lua Azul' para descrever duas luas no mesmo mês foi infeliz porque a expressão já era usada na astronomia para descrever anos tropicais com 13 luas cheias, onde pelo uma das estações do ano tem quatro luas cheias, em vez de três. O novo uso de 'Lua Azul' surgiu em 1946, por erro de um astrônomo amador, que acabou se perpetuando.""



Fonte:
Veja - Ciência
Astronomia - 31/08/2012



10ª )  -  Encolhe e Estica
O maior dos vales detectados na Lua: 500 metros de largura 
e quase 20 metros de profundidade


Estudos mostraram que a Lua está encolhendo e sua crosta, se esticando. O encolhimento do astro ocorre devido ao resfriamento de seu núcleo. Segundo estudos, desde sua formação, a distância entre o centro do satélite e sua superfície diminuiu aproximadamente 91 metros, o equivalente ao comprimento de um campo de futebol. Imagens da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter mostraram também que, em algumas regiões, a crosta da Lua está se separando.


""Sonda da Nasa revela atividade geológica recente na Lua

Ao contrário do que se pensava, a Lua não está apenas se encolhendo. Crosta lunar está se esticando, formando pequenos vales na superfície

Novas imagens da Lua revelam que a crosta do satélite natural está se esticando, formando pequenos vales na superfície. Cientistas supõem que essa atividade geológica ocorreu menos de 50 milhões de anos atrás - pouco tempo, considerando a idade total do astro, de 4,5 bilhões de anos. As imagens foram registradas pelo LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), da Nasa. A pesquisa foi realizada por cientistas do Museu Aeroespacial Smithsonian, em Washington, e será publicada em março no periódico britânico Nature Geoscience.

Em agosto de 2010, a mesma equipe identificou características na Lua que mostravam um encolhimento do astro devido ao resfriamento do núcleo. Os dados apontavam que, desde sua formação, a distância entre o centro do satélite e sua superfície diminuiu aproximadamente 91 metros, o equivalente ao comprimento de um campo de futebol.

As novas imagens do LRO mostram que o astro não está apenas encolhendo. Em algumas regiões, a crosta da Lua está se separando. Esse movimento se dá ao longo de falhas geológicas também conhecidas como fossas tectônicas.  "Essa separação da superfície mostra que a Lua ainda está ativa", disse Richard Vondrak, cientista da missão LRO. 

A sonda pretende tirar fotos em alta resolução da superfície da Lua. Metade da missão já foi concluída. "É empolgante encontrar algo totalmente inesperado", disse o coautor do estudo Mark Robinson, da Universidade Estadual do Arizona. "Ainda há muito que explorar sobre a Lua.""



Fonte:
Veja - Ciência 
Espaço 22/02/2012




Vazula/2014
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SER GAY É UMA QUESTÃO BIOLÓGICA E NÃO UMA ESCOLHA SUSTENTA PESQUISA


Cientistas descobrem trechos do DNA que determinam homossexualidade 
e reacendem polêmica do ‘gene gay’




CHICAGO - Ser gay não é uma escolha, mas algo que se carrega no DNA, afirma nova pesquisa da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Cientistas descobriram dois genes que estariam ligados à homossexualidade nos homens. Com possibilidade de teste genético durante a gravidez, estudo gera temor de que discriminação possa incentivar abortos.
Pesquisadores analisaram o DNA de 400 irmãos gays, recrutados em festivais do Orgulho Gay durante vários anos. Eles conseguiram destacar dois genes que afetariam a orientação sexual dos participantes. Mas ainda não se sabe qual a sua atuação.
O resultado da pesquisa foi divulgado na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência e reabre a polêmica do “gene gay”, levantada após pesquisa de 1993 que apontou evidência genéticas para a orientação sexual. No entanto, outros estudos que se seguiram não conseguiram encontrar uma ligação genética.
- Orientação sexual não tem nada a ver com a escolha. Nossos resultados sugerem que pode haver genes em jogo. Encontramos evidências para dois conjuntos que determinam se um homem é gay ou hétero - disse Michael Bailey, da Universidade Northwestern, em Illinois, que contribuiu para o estudo, ao “Daily Mail”. - Embora esta descoberta possa um dia levar a um teste pré-natal para definir a orientação sexual masculina, este não seria muito preciso, uma vez que existem outros fatores que podem influenciar o resultado.
Apesar de dizer que o resultado não seria definitivo, o pesquisador aumenta a polêmica ao incentivar o uso de exames para o “diagnóstico sexual”.
- É claro que os pais não devem ter permissão para torturar ou matar bebês. Mas eles podem atualmente optar por interromper a gravidez no início, por isso, devem ser autorizados a ter o máximo de informações sobre a criança - afirmou Bailey.
O psicólogo Qazi Rhaman, da instituição britânica King’s College, em Londres, explicou que a genética é considerada responsável ​​por até 40% da orientação sexual de uma pessoa, e que é provável que muitos genes estejam envolvidos. Portanto, ele acredita que é muito difícil que um teste genético determine a orientação sexual de um indivíduo.
- Não há risco real de alguém encontrar um teste genético para a orientação sexual com base nessa ou em qualquer outra descoberta científica sobre a genética da sexualidade nos últimos 20 anos - ressaltou Rhaman. - A razão é que não há nenhum “gene gay”. Por isso, você não vai ser capaz de desenvolver um teste para encontrá-lo.
Rhaman, que estuda a biologia da orientação sexual e as implicações para a saúde mental, acrescentou que todos os traços psicológicos envolvem a genética e as pessoas não devem ter medo sobre a ligação da homossexualidade com o DNA.




Possibilidade de teste genético durante a gravidez gera medo de 
discriminação e de incentivo ao aborto









Fonte:

O GLOBO
Publicado: 



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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CALAZAR - Mitos e Verdades

Se o seu cão for positivo para a leishmaniose visceral, 
procure se informar mais sobre a enfermidade.


Veterinário Ricardo Henz quer organizar um núcleo do Brasilleish no Ceará, para aprofundar as discussões sobre o calazar. 
FOTO: ALEX COSTA


Cães tratados e com todos os cuidados necessários do proprietário, definitivamente, não tornam-se reservatório para a transmissão da leishmaniose, ou calazar. O Brasil é o único país no mundo que a eutanásia é obrigatória no caso do animal ter o exame positivo para a doença. O alerta é feito pelo médico veterinário Ricardo Henz, da Clínica São Francisco, na Capital. Ele faz coro com número cada vez mais crescente de profissionais e pesquisadores que aprofundam os conhecimentos sobre a doença, especialmente nos cães, as principais vítimas no atual contexto. Muitos deles são sacrificados quando acometidos pela enfermidade.
Para transformar este contexto, foi criado em junho passado o Brasileish, uma associação científica que reúne médicos veterinários para o estudo da leishmaniose em animais. Nos próximos dias 29 e 30, a instituição estará promovendo no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte o VIII Simpósio Internacional de leishmaniose visceral canina, com a participação de nomes expoentes no assunto no Brasil e na Europa.
Ricardo Henz pretende formar no Ceará um núcleo da Brasileish. Ele explica que duas perguntas são essenciais diante das zoonoses: é seguro tratar? O animal continua sendo um risco para o ambiente? No caso da leishmaniose visceral, a avaliação é a mesma tanto para cães como para seres humanos.



Cura clínica
Não existe a cura parasi-tológica, ou seja, a eliminação total do parasita da doença, a leishmânia, nos organismos. Mas existe a cura clínica, com o tratamento tanto nos cães como nos seres humanos. Nestes casos, elimina-se a doença ativa. O organismo pode até continuar com a leishmânia na corrente sanguínea, mas não é mais reservatório da doença, ao ponto do vetor, o mosquito flebótomo, se contaminar e levar o parasita para o ambiente.

Sem tratamento, tanto cães como pessoas são reservatórios da doença no ambiente. Ricardo Henz diz que pesquisas científicas demonstram ser seguro tratar o cão, assim como é feito nos seres humanos. O animal não continua sendo um risco para a sociedade. Palestra proferida pelo veterinário Leonardo Maciel de Andrade, com dados de 2009, aponta que cães infectados em Belo Horizonte, cerca de 80% foram positivos para a doença. Destes, 50% não se sabiam que estavam com a doença. 40% foram eutanasiados e 10% tratados, deixando de ser reservatórios no ambiente. Em relação aos seres humanos, estimou-se que mais de 50% da população estava infectada. Desta, apenas 10% manifestaram a doença, mas todos passaram a ser reservatórios da enfermidade no ambiente.
Leonardo Maciel também mostrou que a vacina Leishmune, descoberta em 1981 para outros fins pela dra. Clarisa Palatrik, e hoje comercializada pela Fort Dodge, apresenta uma eficácia de 98,7% até o segundo ano de aplicação. Depois deste período, o percentual cai para 97,2%. Totalizando, mostra uma eficácia de 92%. O cão fica positivo nos exames, mas não é portador e muito menos reservatório da doença, conforme o veterinário atestou. São apenas anti-corpos que deixam o animal positivo. Outra vacina, Leis-Tec, tem as mesmas eficácia da pioneira e com os mesmos percentuais de eficácia. A portaria interministerial 1429/2008, que proíbe o tratamento do cão infectado com medicamento de uso específico para tratar a Leishmaniose em humanos, inibiu muitos veterinários de continuarem fazendo o tratamento dos animais.
Em recente entrevista, o sócio-fundador da Basileish, André Luis da Fonseca, médico veterinário e advogado, também membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Mato Grosso do Sul e da Comissão de Meio Ambiente da OAB naquele Estado, disse que, na verdade, a portaria não proíbe o tratamento do animal. E, ao vetar o uso de medicamentos humanos específicos para a doença, denota uma falta de visão técnica clara dos responsáveis pela decisão.
“Na verdade, não existe remédio veterinário, remédio humano. O remédio existe para tratar uma doença. Age, por exemplo, sobre o DNA do parasita e não sobre o DNA do ser humano. Então não tem lógica querer proibir. A portaria veta, simplesmente, em termos do uso dos medicamentos tradicionais para uso no controle da Leishmaniose, que, na verdade, é um grande engano”, declarou.
Para Ricardo Henz, há muita desinformação sobre a doença. Ele defende que é seguro tratar o animal, assim como no ser humano. Como em qualquer tratamento, a decisão vai depender das condições em que o cão se apresenta. A vacina Leishmune serve como bloqueadora da transmissão do calazar e pode ser usada como uma das estratégias de controle para enfermidades causadas por protozoários e transmitidas por vetores. Há 28 anos, ele vinha tratando animais com calazar.
Após a portaria federal, decidiu suspender. Porém, quer ampliar no Estado o debate sobre a doença e contribuir para ações responsáveis, com respeito aos direitos tanto dos cães como dos seres humanos.
O Simpósio Internacional do Brasileish terá a participação dos pesquisadores Javier Encinas Aragon, Carlos Henrique Nery Costa, Nordman Wall B. Carvalho Filho, Maria Del Mar Ferrer Jordá, Fábio Nogueira, Paulo Tabanez, Luiz Eduardo Ristow, Vitor Márcio Ribeiro, entre outros.





MAIS INFORMAÇÕES
Clínica Veterinária São Francisco
Av. Barão de Studart, 900
Aldeota – Fortaleza - CE
Telefone: (85) 3261.2503





Fonte:
Diário do Nordeste
Bem Estar Pet
Publicação 25/10/11
Ana Valeria Feitosa - editora




Vazula
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