sábado, 29 de março de 2014

PREVISÕES DE JÚLIO VERNE

Conheça as 5 incríveis previsões de Júlio Verne que se tornaram reais 


Para relembrar o aniversário de falecimento de Júlio Verne, em 24 de março de 1905, destacamos algumas ideias revolucionárias do escritor, autor de 20 mil Léguas Submarinas, precursor da ficção cientifica e visionário à frente de seu tempo.

O submarino elétrico
Em Vinte Mil Léguas Submarinas, romance de 1870, o Capitão Nemo atravessa oceanos a bordo do Nautilus, um submarino bastante semelhante aos atuais.

O Noticiário
No manuscrito recuperado O Dia de um Jornalista Americano em 2889, Júlio Verne prevê não somente a existência da televisão, como também um de seus programas mais importantes na comunicação mundial: o noticiário. Ele imaginava que, no futuro, “as notícias serão divulgadas através de conversas com repórteres, estadistas e cientistas.”

A videoconferência
Um dos métodos mais eficientes de comunicação utilizado por pessoas do mundo inteiro também foi antecipado pelo gênio francês, sob o nome de “fonotelefoto”. Em sua imaginação, Júlio Verne o descreveu como um sistema de comunicação interpessoal a distância, que transmitiria as imagens por espelhos conectados por fios.

Internet
Em 1863, Júlio Verne previu que, em algum lugar do futuro, o mundo utilizaria uma rede mundial de comunicações, que descreveu como uma espécie de “telégrafo mundial”.

Viagem à Lua
Júlio Verne não foi o primeiro homem ou escritor a relatar viagens ao espaço ou, mais especificamente, à Lua. No século XVII, o magnífico Savinien de Cyrano também havia antecipado a fantástica aventura. Júlio Verne, no entanto, aprofundou bastante a tecnologia que seria utilizada para chegar até a Lua no romance À Volta da Lua. Nele, descreveu naves impulsionadas pela luz, o que atualmente é a energia solar, além de naves lançadas por projéteis que venceriam a gravidade da Terra. Ou seja, foguetes.



Fonte:
History



VAzulA
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FILMES PARA VOCÊ ASSISTIR

Um resumo de alguns filmes contemporâneos que você não pode deixar 
de assistir antes de morrer



 Forrest Gump: O Contador de Histórias (Forrest Gump)
(Gênero: drama e comédia - Ano 1994)

O filme começa com uma pena caindo aos pés de Forrest Gump, sentado numa parada de ônibus em Savannah, na Georgia. Forrest pega a pena e coloca-a dentro de um livro, e então começa a contar a história de sua vida a uma mulher sentada próxima a ele. Os ouvintes na parada de ônibus variam. Forrest mostra ter muito de sua vida ensinado por sua mãe. Outras pessoas que têm papéis importantes na vida de Forrest são Jenny Curran, uma amiga de infância; Benjamin Buford "Bubba" Blue, um jovem negro pescador de camarões que serve junto com Forrest na Guerra do Vietnã e sabe "tudo que se pode saber sobre camarões"; e o Tenente Dan Taylor, que é o comandante da unidade onde Forrest e Bubba servem;  Alguns anos após o encerramento da guerra, Forrest propõe o casamento a Jenny. Ela recusa mas eles fariam sexo e  na manhã seguinte ela iria embora. Para compensar o vazio em seu coração, Forrest corre através dos EUA por três anos e meio.  Uma vez que ele encontra Jenny e seu jovem filho. O filme termina com   a pena no livro de Forrest  levada pelo vento, e flutua ao céu, como no início do filme.


                                                  




Os Caça-Fantasmas  (Ghostbusters)
 (Gênero Comédia - Ano 1984)

Peter, Raymond e Egon são professores universitários de parapsicologia que ficam desempregados da universidade onde trabalham. Assim, os três resolvem criar uma empresa especializada em casos de aparições sobrenaturais e fazem um anuncio na televisão. No começo, os clientes são poucos e escassos
e só melhoram quando em uma noite recebem um pedido de ajuda para retirarem um monstro verde e gosmento que atormenta um hotel. Com a fama repentina, os negócios melhoram consideravelmente. A empresa captura muitos fantasmas que são armazenados em um grande receptor mas a grande batalha é prender  Gozer, um Deus sumeriano que traz destruição e então a grande caçada começa.


                                                  




Tubarão (Jaws)
 (Gênero: terror, suspense e catástrofe - Ano 1975)

Sinopse: Uma garota é encontrada morta na beira da praia, possivelmente por um ataque de tubarão. O xerife Brody (Roy Scheider) tenta fechar a praia mas por estar perto do dia 4 de julho (o dia que dá mais lucro na cidade) o prefeito não permite, com medo de criar pânico. Porém uma criança é morta e o tubarão é caçado por todos os pescadores por uma recompensa. Logo um é capturado mas o especialista chamado pelo xerife diz não se tratar daquele que vem aterrorizando o local por ter uma mandíbula menor que aquela que provocou ferimentos nas vítimas.Apos a confirmação de terem pego o tubarão errado.O xerife e o especialista alertam o prefeito mais uma vez pra interditarem a praia porem sem sucesso no feriado de 4 de julho ocorre outro ataque aterrorizando não só os turistas como os moradores... O xerife parte então com um cientista e um insano pescador para tentar localizar o verdadeiro perigo.


                                                  
                 




Alien, O Oitavo Passageiro  (Alien)
(Gênero: ficção cientifica e terror - Ano 1979)

O filme refere-se ao antagonista primário: uma criatura alienígena altamente agressiva que persegue e mata a tripulação de uma nave espacial.


                                                  




O Exterminador do Futuro  (The Terminator)
(Gênero: ficção cientifica - Ano 1984)

  Uma obra de ficção científica, um androide cujo esqueleto é recoberto por tecido vivo com inteligência artificial, designado Cyberdyne  é transportado no tempo, de 2029 ao dia 12 de maio de 1984, com o objetivo de alterar o curso da História e consequentemente, o futuro.


                                                  




E.T o Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial)
(Gênero: ficção cientifica e drama -Ano 1982)
Um alienígena perdido na Terra faz amizade com um garoto de dez anos, que o protege de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia pelo serviço secreto americano. O menino ajuda o ET a regressar ao seu planeta.


                                                  




Rambo - Programado Para Matar  (First Blood)
(Gênero: ação - Ano 1982)
Sinopse: Durante a guerra do Vietnã após muitas missões de infiltração em campo inimigo,  o capitão das forças especiais John Rambo (Sylvester Stallone) acabou por tornar-se prisioneiro de guerra dos norte-vietanamitas. O cativeiro lhe gerou profundos traumas psicológicos devido à tortura e privações.. Assim mesmo consegue retornar as linhas amigas onde é reconhecido e condecorado mas decide que é hora de abandonar as armas e voltar para a fazenda de seu pai.  De volta aos Estados Unidos  retornando para sua casa é tomado por um vagabundo andarilho. Rambo é detido injustamente pelo xerife de uma pequena cidade que estava no caminho, mas consegue fugir acaba por ser caçado pela polícia local como um criminoso. Quando começa o cerco à montanha onde se refugiou, ele começa uma verdadeira guerra não só contra os policiais, mas também ao xerife que o prendeu. Rambo agora luta  com todos que estiverem em seu caminho e contra toda uma cidade, causando pânico e destruição, que é o que ele sabe fazer melhor.


                                                  




Mary Poppins
(Gênero: musical/fantasia - Ano 1964)

Sinopse:  Em 1910, em Londres, o banqueiro Mr. Banks, um homem frio que trata com rigidez Jane e Michael, seus filhos sapecas, não consegue contratar uma babá, pois elas desistem facilmente do emprego.
Numa noite, enquanto redige com sua esposa um anúncio de jornal procurando uma babá, sua filha Jane aparece com uma carta mostrando como seria uma babá perfeita. Esta carta acaba chegando nas mãos de Mary Poppins, que é tudo aquilo que está descrito na carta. Mary Poppins possui poderes mágicos e, com seu amigo faz-tudo Bert, transforma a vida daquela família, com muita música, magia e diversão.


                                                  




A Escolha de Sofia (Sophie's Choice)
(Gênero: drama - Ano 1982)


Sinopse: Trata do dilema de "Sofia", uma mãe polonesa, presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra e que é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto. Se ela se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos. Essa história dramática é contada em 1947 ao jovem "Stingo", um aspirante a escritor e que vai morar no Brooklyn, na casa de "Yetta Zimmerman", onde ele acaba tendo Sofia como sua vizinha.


                                                  




Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption)
(Gênero: drama - Ano 1994)

Sinopse: Em 1946, o jovem e bem-sucedido banqueiro Andy Dufresne (Tim Robbins) é sentenciado a duas penas consecutivas de prisão perpétua pelo assassinato de sua esposa e de seu amante, a serem cumpridas na Penitenciária Estadual comandada pelo religioso, todavia cruel agente penitenciário Samuel Norton (Bob Gunton). Rapidamente, Andy se torna amigo de Ellis "Red" Redding (Morgan Freeman), interno influente, também sentenciado à prisão perpétua, que controla o mercado negro do presídio. Ao longo das quase duas décadas de prisão, ele se revela um interno incomum, buscando seus objetivos através de seus próprios meios.


                                                  




A vida É Bela (La vita è bella )
(Gênero: comédia dramática - Ano 1997)


Sinopse: Na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, Guido,um judeu, é mandado para um campo de concentração, juntamente com seu filho, o pequeno Giosuè. Guido é um homem simples, inteligente, espirituoso e possui um grande humor. Por ser um pai amoroso, consegue fazer com que seu filho acredite que ambos estão participando de um jogo, sem que o menino perceba o horror no qual estão inseridos.


                                                  




O Homem Bicentenário (Bicentennial Man)
(Gênero: ficção científica - Ano 1999)

Sinopse: Uma família norte-americana compra um novo utensílio doméstico: o robô chamado Andrew programado com as Três Leis da Robótica, para realizar tarefas domésticas simples. Entretanto, aos poucos o robô vai apresentando traços característicos de um ser humano, como curiosidade, inteligência, emoções e personalidade própria. O filme mostra a saga de Andrew em busca da liberdade e de se tornar, na medida do possível, um ser humano.


                                                  




A Força do Destino (An Officer and a Gentleman )
(Gênero: drama e romance - Ano 1982)

Zack Mayo, que quando garoto viveu nas Filipinas, volta a Washington para se tornar um oficial da Marinha americana, tendo que passar por um curso preparatório rigoroso comandado pelo sargento Emil Foley.


                                                  




A Cor Púrpura (Gênero: drama - Ano 1985)
 The Color Purple

Sinopse: Georgia, 1906. Em uma pequena cidade, Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "Mister" (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade de Mister provém por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de Blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.


                                                  



Ben Hur
(Gênero: drama épico - Ano 1959)

Sinopse: Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur, um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala, um amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Mas Ben-Hur terá uma oportunidade de vingança.


                                          




  O Sexto Sentido (The Sixth Sense)
(Gênero: terror psicológico, drama e suspense- Ano 1999)

  Sinopse: Um filme de horror psicológico que conta a história de Cole Sear (Haley Joel Osment), um menino incomodado e isolado que é capaz de ver e falar com os mortos, e um psicólogo infantil igualmente perturbado (Bruce Willis), que tenta ajudá-lo. Um filme com o final surpreendente.


                                          





Império do Sol (Empire of the Sun)
(Gênero: drama - Ano 1987)

Sinopse: O filme relata a história de um garoto inglês de onze anos de idade, que vive na cidade chinesa de Xangai com a sua família na aparente segurança do bairro diplomático. Com a invasão da China pelo Japão, em plena Segunda Guerra Mundial, no meio da confusão da multidão em fuga ele separa-se dos pais e acaba por ir parar a um campo de concentração japonês onde, para sobreviver, se vê obrigado a desenvolver uma série de artimanhas que vão das transações num improvisado mercado negro de alimentos e objetos pessoais à mediação de conflitos com os soldados japoneses.


                                                  





Cegueira (Blindness)
(Gênero: drama e romance - Ano 2008)

Sinopse: Numa cidade grande, o trânsito é subitamente atrapalhado quando um motorista de origem japonesa, não consegue dirigir e diz ter ficado cego. Ele é ajudado a chegar em casa por um homem, que acaba por roubar seu carro. No dia seguinte ele e a mulher vão consultar um oftalmologista, que não descobre nada de errado com os olhos do primeiro cego. Esse diz ainda que uma "luz branca" impede a sua visão. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram contato com o primeiro cego - sua esposa, o ladrão, o médico e os pacientes da sala de espera do consultório - também ficam cegas. O governo trata a doença como uma epidemia e imediatamente coloca de quarentena os doentes, em uma instalação vigiada o tempo todo por soldados armados. A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para acompanhar o marido em seu confinamento.
(Filme colocado por sugestão)



                                          



Concorda com a lista de sugestões? Diga qual filme faltou na lista, na sua opinião






VAzulA
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quarta-feira, 19 de março de 2014

19 DE MARÇO - DIA DE SÃO JOSÉ

SÃO JOSÉ

São José com o menino Jesusde Guido Reni

São José ou José de Nazaré ou José, o Carpinteiro é, segundo o Novo Testamento, o esposo de Maria e o pai de Jesus . O nome José é a versão lusófona do hebraico Yosef (יוסף), por meio do latim Iosephus. Descendente da casa real de Davi, é venerado como santo pela Igreja Ortodoxa, Igreja Anglicana, e Igreja Católica, que o celebra como seu padroeiro universal. A Liturgia Luterana também dedica um dia ― 19 de março ― à sua memória, sob o título de "Tutor de Nosso Senhor". Operário, é tido como "Padroeiro dos Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal a Jesus, como "Padroeiro das Famílias", emprestando seu nome a muitas igrejas e lugares ao redor do mundo.


Biografia

A Paternidade

O sonho de José.(1765-70) José Luzán. Óleo em madeira, 134 x 53 cm.
 Museu de Belas Artes de Zaragoza, Espanha

Os Evangelhos e a Sagrada Tradição Apostólica afirmam que o verdadeiro genitor de Jesus é Deus Pai: Maria, já tendo sido prometida em casamento a José, concebeu miraculosamente, sem que houvesse tido relações maritais com ninguém, por intermédio do Espírito Santo. Para o casal, tratou-se de um momento dramático, uma vez que, quando tomou ciência de que a esposa estava grávida de um filho que não era seu, José sentiu-se decepcionado e resolveu romper com ela, mas sem expô-la publicamente. O evangelista Mateus assim relata o episódio:

“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo”  (Evangelho segundo Mateus, I,18-19, Bíblia de Jerusalém)

No entanto, após uma experiência mística num sonho, no qual um Anjo lhe aparecera, voltou atrás e reconheceu legalmente o Menino Jesus como seu legítimo filho.

“Eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em um sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados'. (...) José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em sua casa sua mulher”  ( Evangelho segundo Mateus, I,21-24, Bíblia de Jerusalém)

Tendo assumido a guarda do menino, José ficou conhecido como suposto pai de Jesus. O evangelista São Lucas relata esse título:

“Ao iniciar seu ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, filho de José”
(Evangelho segundo Lucas, III,23, Bíblia de Jerusalém)


A profissão

São José, o Carpinteiro, deGeorges de La Tour, 1640.

A profissão de José é mencionada pelo evangelista Mateus quando afirma, no capítulo XIII e versículo 55 de seu evangelho, que Jesus era filho de um tektōn (τέκτων): termo grego que costuma receber várias interpretações. Ainda que a tradição lhe atribua estritamente a profissão de carpinteiro, o fato é que o título grego é genérico, sendo usado para designar os trabalhadores envolvidos em atividades econômicas ligadas à construção civil. Outras vertentes costumam considerar José como sendo um canteiro, ou seja, um operário que talhava artisticamente blocos de rocha bruta.
Os evangelhos reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos, que refere-se a Jesus como "o Carpinteiro", no capítulo VI, versículo 3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como pregador. Mateus, por sua vez, retoma o mesmo episódio na sua versão do evangelho, mas com uma variante:
“Não é o filho do carpinteiro? Não se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Judas e Simão?”  ( Evangelho segundo Mateus, XIII, 55, Bíblia de Jerusalém)

A tradicional tradução da expressão grega tektōn por carpinteiro se deve ao fato de que os Padres da Igreja e a própria Vulgata de São Jerônimo versavam-na para o nominativo latino făbĕr, fabri: termo que denota o artesão.



A genealogia e vida pré-matrimonial

Mosaico na cúpula sul da Igreja de São Salvador em Chora de Istambul, 
agregando  os alegados filhos de S. José à genealogia de Cristo Pantocrator.

As notícias dos evangelhos sinóticos sobre São José são escassíssimas. Lucas e Mateus narram episódios cristocêntricos em que o carpinteiro está envolvido, dizendo que José era descendente do rei Davi e residia no pequeno povoado de Nazaré; João apenas o menciona como membro da Sagrada Família5 ; ao passo que Marcos sequer cita expressamente seu nome.
As versões dos dois evangelistas que pormenorizam a árvore genealógica de Jesus divergem no que se refere a quem teria sido o pai de José:
“Jacó gerou José, o esposo de Maria da qual nasceu Jesus chamado Cristo.”  ( Evangelho segundo Mateus, I, 16, Bíblia de Jerusalém)

“Ao iniciar seu ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, filho de José, filho de Eli.”   (Evangelho segundo Lucas, III, 23, Bíblia de Jerusalém)

A teologia protestante tenta elucidar essa discrepância, afirmando que Lucas, na verdade, estivesse registrando a genealogia de Maria, ao passo que Mateus, esse sim, a de José6 . Segundo esta vertente, Mateus segue a linhagem de José segundo a lei, remontando a Salomão, filho de Davi; Lucas, por sua vez, estaria seguindo a linhagem consanguínea de Jesus, por meio de Maria, esposa de José, mencionando Natã, filho de Davi. Como não havia designação própria para genro , José teria sido considerado um filho de Eli por ter se casado com Maria, filha de Eli. A interpretação é compartilhada pela Igreja Católica, cuja tradição considera ser Eli (Eliaquim ou Joaquim) o pai de Maria.




Se por um lado os evangelhos canônicos são reticentes em relação ao carpinteiro de Nazaré, os apócrifos oferecem detalhes interessantes, especialmente o Protoevangelho de Tiago, escrito provavelmente no ano de 150 que afirma que José era originário de Belém e, antes do matrimônio com a Virgem Maria, teria se casado com uma mulher com quem teve seis filhos: quatro homens (Judas, José, Tiago e Simão) e duas mulheres (Lísia e Lídia). No entanto, teria ficado viúvo bem cedo e com os filhos para educar. A Igreja Ortodoxa acolhe esta versão, retratada nos mosaicos da Igreja de São Salvador em Chora de Constantinopla, ainda que a Igreja Católica rejeite essa tradição.
De acordo com os apócrifos, José, já em idade avançada, se uniu a um grupo de homens celibatários da Palestina, todos descendentes de Davi, reunidos por pregadores provenientes de Jerusalém. O sacerdote Zacarias teria ordenado que todos os filhos da estirpe real fossem convocados para disputar o matrimônio com a Virgem Maria, futura Mãe de Jesus, à época com doze anos e que vivera por nove anos no Templo de Jerusalém. Por indicação divina, estes homens castos conduziram até o altar o seus cajados, dentre os quais Deus faria florir o do escolhido: José foi o escolhido. Hesitante no começo devido a grande diferença de idade, foi admoestado por Zacarias a se submeter à vontade divina, acolhendo a moça em sua casa.


A vida familiar em Nazaré

"Jesus encontrado no Templo" de James Tissot .


Os evangelhos resumem em poucas palavras a infância de Jesus, um período aparentemente normal, durante o  qual, na oficina de José, o menino se preparava para a sua missão. Apenas um momento escapa a essa normalidade e é descrito por Lucas. Quando Jesus tinha 12 anos, José levou-o juntamente com Maria em peregrinação até Jerusalém para as festividades da Páscoa. Transcorridos, porém, os dias da festa, enquanto voltava para casa, Jesus ficou na Cidade Santa, sem que José e Maria percebessem. Depois de tê-lo procurado por três dias entre a multidão de peregrinos, foram finalmente encontrá-lo no templo, discutindo as Escrituras com os doutores da Lei. De acordo com o evangelista Lucas, sua mãe o repreendeu, falando-lhe da preocupação que afligiu-a assim como ao marido. Jesus, por sua vez, afirma ter Deus por Pai, na presença de José.


“Ao vê-lo, ficaram surpresos, e sua mãe lhe disse: 'Meu filho, por que agiste assim para conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos'. Ele respondeu: 'Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?' ”  ( Evangelho segundo Lucas, II, 48-49, Bíblia de Jerusalém)

No entanto, ainda que tivesse ciência de que José não fosse seu genitor, o adolescente Jesus comportava-se diante dele como um verdadeiro filho, respeitando-o. É o que confirma o trecho subsequente da mesma narrativa de Lucas.

“Jesus Desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, conservava a lembrança de todos esses fatos em seu coração”   ( Idem, II, 51, Bíblia de Jerusalém)


A morte

A morte de São José representada num vitralinferior na Igreja 
de São Austremônio de Clermontem Issoire.

Quando Jesus começou sua vida pública aos 30 anos, muito provavelmente José já era morto. De fato, sua presença não é mencionada depois do segundo capítulo de Lucas. Soma-se à suposição o fato de que, quando Jesus é crucificado, este confia Maria ao seu discípulo amado, o qual, segundo o evangelista João, "A partir dessa hora, a recebeu em sua casa" : uma preocupação que não teria sentido se José ainda fosse vivo.
Os livros canônicos mantêm-se silenciosos em relação ao término da vida de José. Há, contudo, livros apócrifos que relatam como teriam sido as horas derradeiras do pai adotivo de Jesus. Um exemplo é a narrativa apócrifa História de José, o Carpinteiro, escrita entre os séculos VI-VII, e que descreve detalhadamente o falecimento do santo. Segundo o escrito, composto em língua copta, José morreu no dia 26 do mês egípcio de epip (20 de julho no calendário gregoriano), aos 111 anos, gozando sempre de ótima saúde, "com todos os dentes intactos", e trabalhando até seu último dia 10 . Avisado por um anjo sobre a eminente morte, vai ao Templo de Jerusalém adorar a Deus e, no retorno, contrai uma doença fatal que o faz sucumbir. Extremado em seu leito, envolto pelo temor da morte, só encontra consolação em Jesus, o único que consegue acalmá-lo. Circundado pela esposa e pelos filhos de um primeiro casamento, sua alma é arrebatada pelos Arcanjos Miguel e Gabriel e conduzida ao Paraíso.
“Nenhum dos que rodeavam José havia percebido a sua morte, nem sequer minha mãe Maria. Eu confiei a alma do meu querido pai José a Miguel e a Gabriel, para que a guardassem contra os raptores que saqueiam pelo caminho e encarreguei os espíritos incorpóreos de continuarem cantando canções até que, finalmente, depositaram-no junto a meu Pai no céu.” ( História de José, o Carpinteiro, XXIII)


De acordo com o apócrifo, o próprio Jesus teria banhado e ungido com bálsamo o corpo de José, pronunciando sobre ele uma bênção. Não se sabe ao certo onde se encontram os restos mortais de São José. Nas crônicas dos peregrinos que visitaram a Palestina, se encontram algumas indicações acerca do sepulcro do santo. Duas delas apontam Nazaré e outras duas, Jerusalém no Vale do Cédron. Não existem, no entanto, argumentos consistentes que respandem nenhuma das alegações.


São José segundo os Escritos Patrísticos



O escopo principal dos primeiros teólogos cristãos é o de libertar a figura do santo das várias devoções populares e das heresias provenientes de livros apócrifos e chegar assim, por meio do estudo dos evangelhos, a um acurado exame da genealogia de Jesus, do matrimônio de José e Maria, e da constituição da Sagrada Família. Estes três momentos essenciais são recorrentes em suas pesquisas. Às vezes, se acrescentam também reflexões cristológicas, para poder interpretar certas hipóteses que se referem à lei do matrimônio, à justiça de José, e o valor dos seus seus sonhos, mesmo que não se consiga nunca apresentar um seu perfil biográfico.
O primeiro autor que recorda José é Justino. No Século III, Orígenes, numa homilia, quis evidenciar que "José era justo e a sua virgem era sem mancha. A sua intenção de deixá-la se explica pelo fato de ter reconhecido nela a força de um milagre e um mistério grandioso. Para aproximar-se disso, ele se considera indigno". No Século IV, é a vez de Cirilo de Jerusalém, Cromácio de Aquileia e Ambrósio de Milão ponderarem sobre a virgindade perpétua de Maria, sobre o matrimônio de José com ela, e sobre a verdadeira paternidade de seu esposo. Por exemplo, Cirilo de Alexandria propõe uma discussão na qual tenta debater a paternidade de José, ligando-o à figura de Santa Isabel.


Segundo Cromácio

De São Cromácio, restam 18 sermões que retomam os primeiros capítulos do evangelho de Mateus. Ele afirma: "Não por acaso Mateus procura assegurar que Cristo Senhor nosso é descendente tanto de Davi quanto de Abraão, já que tanto José quanto Maria trazem em sua origem a linhagem de Davi, isto é, tem uma origem real". (No terceiro sermão, Cromácio se dedica a um profundamento teológico da narrativa de Mateus, no capítulo I, versículos 24 e 25)

“Continua a narrar o evangelista: Despertando do sono, José fez como lhe havia ordenado o anjo do Senhor e tomou consigo sua esposa, com a qual não manteve relações carnais. Ela deu à luz um filho, que ele chamou Jesus. Assim, José é esclarecido sobre o sacramento do mistério celeste mediante um anjo: José obedece de bom grado às recomendações do anjo; cheio de alegria, dá execução aos divinos comandos; por isso, toma consigo a Virgem Maria; deve estar orgulhoso das promessas que anunciam tempos novos e alegres, porque, por uma missão única, a que lhe confia a majestade divina, decide-se fazer mãe uma virgem, sua esposa, como ele tinha merecido ouvir pelo anjo. Mas há uma expressão do evangelista: 'E ele não a conheceu até que ela deu à luz um filho', que sofre uma declarações, quando gente sem critério (os hereges e os leitores dos apócrifos) questionam-na continuamente; e dizem que, depois do nascimento do Senhor, a Virgem Maria teria conhecido carnalmente José. Mas a resposta à objeção movida por eles vem tanto da fé quanto da razão: a impressão do evangelista não pode ser interpretada do modo que entendem aqueles tolos! Deus nos livre de afirmar semelhante coisa, depois de termos conhecido o sacramento de um tão grande mistério, da concepção do Senhor, que se dignou nascer da Virgem Maria. (…) Noé se impôs a abstinência do dever conjugal. Se quisermos um outro exemplo, Moisés, depois de ter percebido a voz de Deus na sarça ardente, também ele se absteve de qualquer relação conjugal pelo tempo subsequente. E seria permitido acreditar que José, que a Escritura define como homem justo, tenha tido relações carnais com Maria, depois que ela deu à luz o Senhor? A explicação do texto evangélico: 'E ele não a conheceu até que ela deu à luz um filho' é a seguinte: frequentemente a Escritura Divina atribui um prazo para as coisas que não tem prazo e determina um tempo para aquelas coisas que por si não são concluídas dentro de um determinado tempo”  ( São Cromácio, Sermão III)

Segundo Ambrósio e Agostinho

Interpretações similares podem demonstrar também em Santo Ambrósio esforça-se para apresentar José como um homem íntegro. Ele adverte que o evangelista, quando explica a imaculada conceição de Cristo, vê em José um homem justo incapaz de contaminar "Sancti Spintus templum, ou seja, a Mãe do Senhor fecundada no seio pelo mistério do Espírito Santo".
No comentário clássico do evangelho, feito pouco depois do Natal de 417 por Santo Agostinho no Sermão sobre a Genealogia de Cristo, são retomadas preciosas informações e opiniões anteriores. José é descrito como um homem autenticamente justo, tão justo que, quando supos que Maria tivesse adulterado, não quis denunciá-la nem expô-la ao público cruel. Decidiu deixá-la em discretamente, já que não apenas não queria puni-la, como tampouco acusá-la.
“Muitos perdoam as mulheres adúlteras impelidas pelo amor carnal, querendo tê-las, mesmo adúlteras, com o escopo de aproveitá-las para satisfazer a própria paixão carnal. Este marido justo, ao contrário, não quer tê-la; o seu deleite, pois, não tem nada de carnal; assim como não quer nem mesmo puni-la; o seu perdão, portanto, é unicamente inspirado pela misericórdia.”  (Santo Agostinho, Discurso 51, Concordância dos Evangelistas Mateus e Lucas em relação à Genealogia do Senhor)


Agostinho joga luz no significado da sua paternidade, explicando como a Escritura queira demonstrar que Jesus não nasceu pela descendência carnal de José, uma vez que ele se encontrava angustiado, porque não sabia como a esposa pudesse estar grávida. Para atestar a não paternidade de José, Agostinho cita o episódio do desaparecimento de Jesus no templo, quando este lhe diz: "Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?".
“Responde assim, porque o Filho de Deus estava no templo de Deus. Aquele templo, de fato, não era de José, mas de Deus. Como Maria dissera: "Teu pai e eu, aflitos, te procurávamos", e lhe responde: "Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?". Na realidade, ele não queria fazer acreditar que fosse filho deles sem que fosse, ao mesmo tempo, Filho de Deus. Na verdade, enquanto Filho de Deus, ele é sempre tal e é criador de seus próprios pais; enquanto filho do homem, por outro lado, a partir de um dado tempo, nascido da Virgem sem consorte, tinha um pai e uma mãe. ” ( Idem)

Agostinho sente, porém, a necessidade de dizer que Jesus não rejeita José como seu pai e, na verdade, sublinha como o jovem Nazareno comportava-se durante a própria adolescência submetido aos seus pais, tanto a Maria quanto a José. Para Agostinho, é muito importante explicar que a paternidade de José, visto que as gerações são contadas segundo a sua linhagem e não segundo a de Maria.
“Enumeremos por isso as gerações ao longo da linhagem de José, porque ao mesmo modo que é um casto marido, é também um casto pai.” ( Idem)




Segundo o Pseudo-Crisóstomo e o Pseudo-Orígenes

No Século VI José aparece nas homilias do Pseudo-Crisóstomo e do Pseudo-Orígenes. Na homilia do Pseudo-Crisóstomo, José é tido como um homem justo em palavras e em ações, no cumprimento da lei e por ter recebido a graça. Por isso, mesmo pretendendo deixar secretamente Maria, ele não duvidava das suas palavras, mas uma grande angústia enchia seu coração e quando lhe apareceu o anjo, José se perguntou porque não se apercebeu antes da concepção de Maria, para que aceitasse o mistério sem dificuldades.
Também na homilia do Pseudo-Orígenes, se manifesta a intenção de refletir sobre a mensagem anterior do anjo. Ele pergunta:
José, por que tens dúvidas? Por que tens pensamentos imprudentes? Por que meditas sem razão? É Deus que é gestado e é a Virgem quem o gesta. Nesta gestação, és tu aquele que ajuda e não aquele da qual ela depende. És o servo e não o senhor, o doméstico e não o criador.”  ( Pseudo-Orígenes, Homiliae in Matthaeum, Homilia VII)

Nos últimos séculos do primeiro milênio os diversos aspectos da existência e da missão de José, procurando expor a etimologia do seu nome, a descendência davídica e, sobretudo, as mesmas realidades bíblico-teológicas.


A posição de outras religiões

"São José" de El Greco.


Judaísmo 

Os judeus admitem a existência histórica de José. No entanto, diversamente dos cristãos, acreditam que o título de "Filho do Carpinteiro", atribuído a Jesus, deva-se à sua filiação também segundo a carne. O judaísmo, portanto, não professa a concepção virginal de Jesus, mas a atribui à ação de José.
Em alguns textos hebraicos, ainda que não pertençam oficialmente à literatura rabínica, há um esforço por interpretar a figura do carpinteiro de Nazaré de modo bem diverso do tradicional. Tal é o caso do livro Toledot Yeshu, uma espécie de antievangelho, que começa sua narrativa detalhando uma alegada transgressão de "José Pandera", como é chamdo, o qual teria enganado Míriam, uma virgem prometida a outro homem, fingindo ser o esposo e seduzindo-a contra sua vontade  . Alguns polemistas cristãos, aliás, têm usado o Taledot desde o Século IX para inflamar a hostilidade contra os judeus.


Islamismo

Embora os muçulmanos não neguem a existência de José, não há menção a ele no Alcorão, nem tampouco que a Virgem Maria estivesse prometida em casamento. Na teologia islâmica, Isa – nome árabe de Jesus que é respeitado no Islã como profeta – não é descendente de Davi, mas o resultado de um milagre divino. Assim como Adão, que não teve ascendência humana, Jesus também não teria tido nenhum homem como pai, nem tampouco sua mãe teria se casado.

Candomblé

Durante o período da Escravatura no Brasil, nas senzalas, para poderem cultuar os seus Orixás, os negros foram obrigados a usar como camuflagem altares com as imagens de santos católicos, cujas características melhor correspondiam às suas divindades africanas, e por baixo desses altares escondiam os assentamentos dos Orixás, dando assim origem ao chamado sincretismo.
No Candomblé, São José é sincretizado com Aganju, ou Xangô Aganju, sendo tratado como uma entidade primordial, associada à terra (em oposição à água) e às montanhas e vulcões.








Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.


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domingo, 9 de março de 2014

TEMPO DA QUARESMA

QUARESMA

 A LUTA ENTRE O CARNAVAL E A QUARESMA (1559)  
Pieter Bruegel (1564-1638) — Kunsthistorisches Museum, Viena


O Tempo da Quaresma é o período do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã, sendo celebrado por algumas igrejas cristãs, dentre as quais a Católica , a Ortodoxa, a Anglicana , a Luterana .
A expressão Quaresma é originária do latim, "quadragesima dies" (quadragésimo dia). O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal.
Em diversas denominações cristãs, o Ciclo Pascal compreende três tempos: preparação, celebração e prolongamento. A Quaresma insere-se no período de preparação.
Os serviços religiosos desse tempo intentam a preparação da comunidade de fiéis para a celebração da festa pascal, que comemora a ressurreição e a vitória de Cristo depois dos seus sofrimentos e morte, conforme narrados nos Evangelhos.
Esta preparação é feita através de jejum, abstinência de carne, mortificações, caridade e orações.
A separação do Carnaval e o período da Quaresma inspira um vasto grupo de tradições folclóricas, algumas oriundas de ritos anteriores ao Cristianismo referentes ao pouso do inverno e do posterior renascimento primaveril da terra, no hemisfério norte .

Tempo da Septuagésima

Em alguns ritos e denominações cristãs, o período de preparação para a Páscoa inicia 17 dias antes da Quarta-feira de Cinzas, chamado Tempo da Septuagésima. Neste tempo de preparação remota, a liturgia apresenta a criação, elevação e queda do homem. Este tempo inicia com o Domingo da Septuagésima, abrange os domingos da Sexagésima e Quinquagésima, até a Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma.



Quarenta dias

TENTAÇÃO DE CRISTO (1663) 
Philips Augustijn Immenraet (1627–1679) — Museu João Paulo II, Varsóvia.


"Quadragesima", expressão latina típica na liturgia, denomina o período de quarenta dias de preparação para a Páscoa e que alude ao simbolismo do número quarenta com que o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos salientes da experiência da fé da comunidade judaica e cristã.
Em seu simbolismo, este número não significa um tempo cronológico exato, ritmado pela sequência de dias; mas uma representação sociocultural de um período de duração significativa para uma comunidade de crentes.
Na Bíblia, o número quarenta aparece em diversos momentos significativos, a saber:

Antigo Testamento

Na história de Noé (Gênesis 7:4-12 e Gênesis 8:6), durante o dilúvio, é o tempo transcorrido na arca, junto com a sua família e com os animais. Após o dilúvio, passarão mais quarenta dias antes de tocar a terra firme.
Na narrativa referente a Moisés, é o tempo de sua permanência no monte Sinai – quarenta dias e quarenta noites – para receber a Lei (Êxodo 24:18). 
Quarenta anos dura a viagem do povo judeu do Egito para a Terra prometida (Deuteronômio 8:2-4). 
No Livro dos Juízes, refere-se a quarenta anos de paz de que Israel goza sob os Juízes (Juízes 3:11).
O profeta Elias leva quarenta dias para chegar ao monte Horeb, onde se encontra com Deus (I Reis 19:8).
Os cidadãos de Nínive fazem penitência durante quarenta dias para obter o perdão de Deus (Jonas 3:4-5).
Quarenta anos duraram os reinados de Saul (Atos 13:21), de Davi (II Samuel 5:4-5) e de Salomão (I Reis 11:42), os três primeiros reis de Israel.
O simbolismo do número quarenta também está presente em Salmos 95:10, referindo-se aos número de anos que o povo judeu caminhou pelo deserto.

Novo Testamento

Jesus foi levado por Maria e José ao Templo, quarenta dias após o seu nascimento, para ser apresentado ao Senhor (Lucas 2:22). Este período de quarenta dias era determinado pela lei judaica, quando uma mulher desse à luz a um filho homem. Foi a soma dos dias para a circuncisão de Jesus, após o parto, mais o período para a purificação de Maria. Só então ela poderia entrar no santuário (Levítico 12:2-4).
Jesus, antes de iniciar a sua vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber (Mateus 4:2; Marcos 1:13 e Lucas 4:1-2).
Durante quarenta dias Jesus ressuscitado instrui os seus discípulos, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo (Atos 1:1-3).

Igreja Católica



Na Igreja Católica, o Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-feira de Cinzas até a missa vespertina da Quinta-Feira Santa inclusive, com que se inaugura o Tríduo Pascal. A semana que precede a Páscoa é chamada pela tradição de Semana Santa.
Antes da reforma litúrgica pós-conciliar, havia ainda os períodos denominados quinquagésima, sexagésima e septuagésima.

Tempo de penitência, oração e conversão



O Papa Bento XVI, na Audiência Geral de Catequese, no dia 22 de Fevereiro de 2012, sobre o significado litúrgico dos "quarenta dias da Quaresma", assim definiu:
“Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas.” 
No que se refere aos dias e tempos de penitência, o Código de Direito Canônico da Igreja Católica prescreve todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma (Cân. 1250)  .
Na disciplina católica, todos os fiéis, cada qual a seu modo, têm obrigação de fazer penitência. Prescreve-se, neste contexto disciplinar, que nos dias de penitência os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas do Direito Canônico (Cân. 1249) .
Os fiéis são exortados a guardarem a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades. Os fiéis devem seguir o preceito da abstinência e do jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo (Cân. 1251)12 .
A obrigação do cumprimento da lei da abstinência recai sobre os maiores de treze anos. Estão sujeitos à lei do jejum todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. A norma canônica insiste que todas as pessoas, mesmo as dispensadas da lei da abstinência e do jejum, sejam formadas no sentido genuíno da penitência (Cân. 1252)12 .
Após a reforma conciliar a adaptação das práticas de penitência nos diversos lugares do mundo, ficou sob a responsabilidade das conferências episcopais. Estas “podem determinar mais pormenorizadamente a observância do jejum e da abstinência, e bem assim substituir outras formas de penitência, sobretudo obras de caridade e exercícios de piedade, no todo ou em parte, pela abstinência ou jejum” (Cân. 1253).

Liturgia quaresmal

Quarta-feira de Cinzas
A liturgia da Quarta-feira de Cinzas (Feria quarta cinerum, em latim) abre o tempo da Quaresma, não se dizem o Glória, nem o Creio, na missa. O nome vem das cinzas que nesse dia são bentas e impostas na cabeça dos fiéis, como símbolo da vida efêmera e passageira e convite à penitência.
O rito da bênção das cinzas realiza-se na quarta-feira que precede o primeiro domingo da Quaresma, antes da missa principal, para logo em seguida, e durante todo o dia, ser imposta aos fiéis que o pedirem. A cinza é proveniente dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior. A imposição se faz no alto da cabeça, em forma de cruz acompanhada de uma das seguintes das admoestações:
– ...arrependei-vos e crede no Evangelho. (Marcos 1:15)
– ...porquanto tu és pó, e em pó te hás de tornar. (Gênesis 3:19)
Não é necessário que o rito da bênção e imposição das cinzas seja unido à missa; pode ser celebrado sem missa.

Domingos e solenidades

A Tempo da Quaresma tem seis domingos, que são chamados de I, II, III, IV, V e Domingo de Ramos da Paixão (VI). Esses domingos têm sempre precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade9 .
As solenidades de São José (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março), assim como outras possíveis solenidades dos calendários particulares, são antecipadas para o sábado ou são adiadas para a segunda-feira, caso coincidam com esses domingos9 .
Nos domingos da Quaresma não se canta ou recita o hino do Glória, nem se canta ou recita o Aleluia; faz-se, porém, sempre se faz a profissão de fé .
O quarto domingo da Quaresma é denominado Domingo Laetare, assim chamado pela primeira palavra do introito em latim: Laetare Jerusalem (Alegra-te, Jerusalém!). Os paramentos da missa e do ofício solene podem ser rosáceos .
O sexto domingo da Quaresma é denominado Domingo de Ramos (Dominica palmarum, em latim), domingo que precede a festa da Páscoa, assim chamado porque antes da missa principal se realiza a bênção dos ramos, seguida de procissão.

Cores litúrgicas da Quaresma



A cor litúrgica do Tempo da Quaresma é o roxo; para o 4º domingo, chamado domingo da alegria, é permitido o uso da cor rosa. No Domingo de Ramos, a cor das vestes litúrgicas do celebrante é a vermelha (IGMR, n. 346) .

As cores litúrgicas e seus significados

Vamos conhecer quais e seus significados para melhor celebrarmos nossa Liturgia. 
São seis as cores litúrgicas: branco, vermelho, verde, roxo, rosa e preto. Cada Tempo Litúrgico tem a sua cor específica, que são usadas nos Paramentos dos Sacerdotes.

PRETO: Simboliza o luto, a dor. É usada na missa pelos mortos. Hoje é pouco usada, sendo substituída pelo Roxo.

VERDE: Esta cor simboliza a esperança. É usada nos domingos e dias do Tempo Comum.

BRANCO: Simboliza a vitória, paz, alegria. É usada na Páscoa, Natal, nas festas do Senhor, de Nossa Senhora e dos Santos não-mártires.

VERMELHO: Simboliza o fogo do amor, da caridade e o sangue do martírio. É usada na festa de Pentecostes, lembrando o fogo do Espírito Santo. No Domingo de Ramos, na Sexta-feira da Paixão e na festa dos Mártires lembrando o sangue.
ROXO: Simboliza a penitência, recolhimento, serenidade. É usada no Tempo da Quaresma, no Tempo do Advento. É usada também nas Missas pelos mortos e no Sacramento da Confissão.

ROSA: Simboliza a alegria dentro de um tempo de penitência e recolhimento. É usada no Quarto Domingo da Quaresma (Laetare) e no Terceito Domingo do Advento (Gaudete).










Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.



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sábado, 8 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

História do 8 de março


História do Dia Internacional da Mulher
Um breve resumo sobre a História do Dia Internacional da Mulher, significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher na sociedade





No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 



Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.


Conquistas das Mulheres Brasileiras 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História Mundial




- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres









Fonte:
Sua Pesquisa.com





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