quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O PAPA E AS TEORIAS DA EVOLUÇÃO E DO BIG BANG

Papa Francisco declara que Deus não é ‘um mágico com uma varinha mágica’

Pontífice afirmou, ainda, que teorias da evolução e do Big Bang são corretas


Papa Francisco esteve presente na Pontifícia Academia das Ciências 
durante a apresentação do busto de bronze do Papa Emérito Bento XVI - AP

VATICANO - Em discurso na Pontifícia Academia das Ciências, no Vaticano, nesta segunda-feira, o Papa fez comentários que, para especialistas, puseram fim às “pseudo-teorias” do criacionismo e do Design Inteligente, que alguns argumentam que foram incentivadas por seu antecessor, Bento XVI.

Francisco explicou que ambas teorias científicas não eram incompatíveis com a existência de um criador.

- Quando lemos a respeito da criação em Gênesis, corremos o risco de imaginar que Deus era um mágico, com uma varinha mágica capaz de fazer tudo. Mas isso não é assim - disse Francis.

Ele acrescentou, ainda, que Deus “criou os seres humanos e deixou que eles se desenvolvessem de acordo com as leis internas que ele deu a cada um para que eles cheguem ao seu cumprimento”.

- O Big Bang, que hoje temos como a origem do mundo, não contradiz a intervenção do criador divino, mas sim o exige - acrescentou. - A evolução na natureza não é incompatível com a noção de criação, pois a evolução exige a criação de seres que evoluem.

Por muito tempo, a Igreja Católica tem tido uma reputação de ser anti-ciência - a mais famosa foi quando Galileu enfrentou a inquisição e foi forçado a retirar sua teoria “herege” de que a Terra girava em torno do Sol.

Mas os comentários do Papa Francisco estavam mais de acordo com o trabalho progressivo do Papa Pio XII, que abriu as portas para a ideia da evolução e ativamente acolheu a teoria do Big Bang. Em 1996, João Paulo II foi mais longe e sugeriu a evolução era “mais do que uma hipótese” e “fato efetivamente comprovado”.

No entanto, mais recentemente, Bento XVI e os seus conselheiros mais próximos, aparentemente, aprovaram a ideia de que o Design Inteligente sustenta a evolução - a ideia de que a seleção natural por si só é insuficiente para explicar a complexidade do mundo. Em 2005, seu colaborador próximo Cardeal Schoenborn escreveu um artigo dizendo que “a evolução no sentido da ancestralidade comum pode ser verdade, mas a evolução no sentido neo-darwinista - um processo não planejado e sem guia - não é”.

Apesar do enorme abismo na postura teológica entre o seu mandato e o de seu antecessor, Francis elogiou Bento XVI quando revelou um busto de bronze dele na sede da academia nos jardins do Vaticano.

- Ninguém jamais poderia dizer dele que o estudo e a ciência fizeram com que ele, seu amor a Deus e ao próximo murchassem - disse Francis, de acordo com uma tradução feita pela “Catholic News Service”. - Pelo contrário, conhecimento, sabedoria e oração ampliaram seu coração e seu espírito. Vamos agradecer a Deus pelo dom que ele deu à Igreja e ao mundo com a existência e o pontificado do Papa Bento XVI.





Fundada em 1603 em Roma, com o nome de Academia dos Linces, a Pontifícia Academia das Ciências é formada por 80 pesquisadores nomeados vitaliciamente pelo papa. De acordo com as regras, os candidatos a uma vaga na academia são escolhidos com base na relevância de suas análises científicas e da sua reconhecida estatura moral, sem qualquer discriminação ética ou religiosa.








Fonte:  O Globo






VazulA
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

MITOS ELEIÇÕES 2014

OS SETE MITOS DAS ELEIÇÕES 2014





Mito 1: foi o nordeste que elegeu dilma

É claro que o desempenho de Dilma no Nordeste foi crucial para a sua vitória – lá, ela teve 20 milhões de votos no segundo turno, o que correspondeu 72% do total de válidos. Mas a presidente reeleita obteve um apoio razoável em todas as cinco regiões. Seu menor porcentual de votos válidos foi no Sul, onde ela teve o apoio de 41% dos eleitores que escolheram um candidato.Na verdade, a impressão de que o Nordeste sozinho é o grande responsável pela reeleição de Dilma é fortalecida quando se vê o mapa eleitoral de cada Estado pintado por quem teve o maior porcentual de votos ali. Nesse mapa, metade do Brasil aparece pintado de azul, como se ela tivesse ido em direção totalmente oposta à outra metade, vermelha. O deputado estadual eleito Coronel Telhada (PSDB-SP) chegou a defender a independência do Sul e do Sudeste por causa disso. Mas, na verdade, dos dez Estados em que Dilma obteve menor votação, apenas três estão nessas regiões: SC, SP e PR. Todos os outros estão ou no Norte ou no Centro-Oeste. Visualmente, é possível ver como o apoio a Dilma se espalha pelo Brasil pelo gráfico de relevo ao lado – nenhuma das duas maiores “montanhas” que representam o número absoluto de votos está no Nordeste.


Mito 2: palanque estadual influencia eleitores

Pesquisas e resultados eleitorais voltaram a demonstrar que a maioria dos eleitores não faz conexão entre o voto para presidente e para governador. Apesar da prática tradicional dos presidenciáveis de buscar “palanques fortes” nos Estados - alianças com candidatos a governador -, não há evidências de que isso renda votos.Apoiado por praticamente toda a cúpula do PMDB do Rio de Janeiro, o tucano Aécio Neves buscou popularizar a chamada “chapa Aezão”, na esperança de que os eleitores de Luiz Fernando Pezão votassem também nele. Os mapas de votação de ambos, porém, mostram que não houve sintonia eleitoral.Pesquisa Ibope divulgada pouco antes do 2º turno mostrou que, dos eleitores de Pezão, seis em cada dez pretendiam votar em Dilma Rousseff. Marcelo Crivella, adversário do peemedebista, fez campanha explícita para Dilma - mas isso não impediu que cerca de 40% de seus eleitores manifestassem intenção de votar em Aécio.


Mito 3: pesquisas erram resultado da urna

Embora alguns insistam que as pesquisas de intenção de voto consistentemente erram o resultado das urnas, não é o que mostram os dados – tanto os das eleições de domingo quanto os e históricos. A vitória de Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência foi prevista pelo Ibope, que atribuía a ela 53% da preferência do eleitorado. Dilma recebeu 52% dos votos válidos, portanto dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais.O Datafolha também atribuía favoritismo à petista, embora ela estivesse no limite do empate técnico com Aécio Neves (PSDB). Ambos os institutos descreveram, por meio dos números, a campanha do 2.º turno: Aécio começa à frente, carregado pelo embalo do 1o turno, em que teve votação superior ao esperado. Dilma se recupera na última semana, com uma insuficiente reação de Aécio na véspera do pleito. Para os institutos, os números exatos importam menos que o movimento descrito pelas curvas de intenção de voto de cada candidato. Sem elas, é impossível analisar qualquer campanha.Desde 2002, a diferença média da sondagem de véspera do dia da eleição de Ibope e Datafolha para o resultado do 2.º turno é de um ponto porcentual – portanto dentro da margem de erro. Assim, os institutos acertaram os resultados das eleições em todos os anos, mesmo em 2014, na disputa mais acirrada da história.


Mito 4: votos nulos são sinal de protesto

Após os protestos que tomaram as ruas das principais cidades do País em junho de 2013, analistas e cientistas políticos previram aumento significativo de votos nulos na eleição deste ano. Isso não ocorreu: foram 4,4% de nulos em 2010 e 4,6% em 2014 – a comparação leva em conta os dois segundos turnos da disputa presidencial.É claro que muitos indivíduos podem anular o voto como forma de protesto. Mas as estatísticas indicam que parcela significativa dos nulos se deve a erros no momento do voto. Uma evidência disso é a diminuição dos votos anulados entre o 1.º e o 2.º turno das eleições – entre uma e outra etapa, o número de cargos em disputa cai de cinco para apenas um ou dois, o que reduz a complexidade do manejo da urna eletrônica.Outro indício é o fato de que a taxa de nulos para deputado estadual – o primeiro cargo na ordem de votação – é sempre mais baixa, já que são contadas como voto na legenda as tentativas equivocadas de digitar os números de presidenciáveis.


Mito 5: família Campos transfere votos


O tucano Aécio Neves lançou sua campanha no 2.º turno em Pernambuco, onde recebeu o apoio da viúva e dos filhos de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB até agosto, quando morreu em um acidente aéreo. Os líderes do PSDB esperavam que a família Campos e a máquina do PSB no Estado proporcionassem uma vitória a Aécio no Nordeste, assim como já havia ocorrido com Marina Silva, primeira colocada em Pernambuco no 1.º turno.A estratégia não deu resultados. Aécio teve entre os pernambucanos apenas 29,8% dos votos, resultado próximo da média que obteve em todo o Nordeste: 28,3%. O tucano ganhou em apenas uma cidade pernambucana: a pequena Taquaritinga do Norte, onde obteve 7.340 votos, 432 a mais do que a presidente Dilma Rousseff (PT). Em Recife, onde Marina havia obtido 63% dos votos no 1.º turno, Dilma venceu na segunda rodada da disputa por 60% a 40%.


Mito 6: minas gerais elege presidente

Mesmo se ganhasse seu Estado natal, Aécio Neves (PSDB) ainda teria dificuldade em se eleger. Dilma Rousseff (PT) teve 52,4% no Estado, e o tucano teve 47,6%. Se ele tivesse invertido esse resultado e ganhado os 550.601 votos que ela ganhou a mais em Minas, ainda faltariam 2,3 milhões de eleitores no resto do Brasil. Na votação total de Aécio, Minas representa 11%, menos que a soma de Santa Catarina e Bahia. Só uma vitória distante em Minas, de 63% a 37%, daria a Aécio os votos necessários para ganhar de Dilma. Com esse resultado – quase igual ao do Estado de São Paulo (64% a 36%) –, ele teria 52.771.137 de votos em todo o Brasil, um a mais que Dilma. Mas uma vantagem tucana como essa não acontece em eleições presidenciais em Minas desde que Fernando Henrique Cardoso ganhou em 1994, no primeiro turno. Naquele ano, derrotou Lula no Estado por 65% a 22%. Nem em sua segunda vitória de primeiro turno, em 1998, Fernando Henrique repetiu o resultado: foi 56% a 28%.



Mito 7: abstenção é alta e demonstra apatia

Ao fim de todas as eleições, analistas correm para declarar que cerca de um quinto da população decidiu não votar. O número se baseia na abstenção divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou seja, os eleitores que não foram às seções eleitorais. Historicamente, a abstenção gira em torno de 20% e o número não varia muito de eleição para eleição.Essa análise é falha porque atribui às abstenções um peso político maior que o que de fato têm. Isso porque o suposto não comparecimento às urnas tem mais a ver com uma falha no cadastro eleitoral do TSE que com a falta de engajamento político. A abstenção foi menor em 2014 precisamente nos municípios que passaram recentemente pelo recadastramento biométrico — em que os eleitores registram na Justiça Eleitoral suas impressões digitais. O recadastramento remove da lista do tribunal eleitores que já morreram, e que, naturalmente, não podem aparecer para votar.











Fonte:O Estadão-Dados
Eleições 2014




VazulA
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COMETA 67P


Sensores da sonda europeia Rosetta captaram o odor dos gases exalados pelo 67P.

Cometa tem cheiro de ovos podres e estrume de cavalo, dizem cientistas.



Os sofisticados sensores da sonda Rosetta foram capazes de detectar o cheiro do cometa 67P. Segundo cientistas europeus responsáveis por monitorar o satélite, o cometa, também chamado de Churyumov-Gerasimenko, fede como uma mistura de ovos podres, álcool e esterco de cavalo.

Uma foto do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko 
feita pela sonda Rosetta Handout/Reuters



O 67P está viajando pelo espaço a 400 milhões de distância do sol, mas este objeto de gelo já começou a liberar moléculas de gás, prontamente detectadas pela sonda europeia, que está orbitando o cometa desde setembro, após uma viagem de 10 anos partindo da Terra até alcançá-o. No dia 12 de novembro, a Roseta se tornará o primeiro equipamento feito pelo homem a pousar, ou mesmo tocar, num cometa.

“O perfume do 67p/C-G é muito forte, com o odor de ovos podres (sulfeto de hidrogênio), estábulo de cavalos (amônia) e o sufocante odor do formaldeído. Tudo misturado com o aroma do cianeto de hidrogênio, que lembra o de avelãs”, descreveu Kathrin Altwegg, chefe do projeto Rosina no centro espacial da Universidade de Bern. "É surpreendente essa química tão rica mesmo a uma distância tão grande do sol".





VazulA
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