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GRAVATÁ - PERNAMBUCO
Vista da Cidade de Gravatá - PE
HISTÓRIA
O município de "Gravatá" teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso. Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã ("mato que fura"), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá. Foi nos fins do século XVIII que José Justino Carreiro de Miranda tomou posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo, serviu de hospedagem para viajantes e, como consequência natural, surgiram dois arruados, um em cada margem do rio. Em 1810 iniciou-se a construção de uma capela dedicada a Sant'Ana que, 12 anos depois, seria concluída por seu filho João Felix Justiniano. Em seguida, as terras foram divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores, dando início ao povoado de Gravatá, sendo um distrito do município de Bezerros. Em 1875, foi criada a freguesia, que seria elevada à categoria de vila em 30 de maio de 1881, através da Lei Provincial nº 1.560, e sua capela transformada em Igreja Matriz.
Em 13 de junho de 1884, a sede do município foi elevada à categoria de cidade (Lei Provincial nº 1.805), porém sua emancipação política só veio a ocorrer após a Proclamação da República, pela Lei Orgânica dos Município, de 15 de março de 1893, quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal e elegeu o seu primeiro prefeito, Antônio Avelino do Rego Barros. No final do século XIX, com a inauguração da Ferrovia Great Western Railways, ligando o Recife ao sertão pernambucano, a cidade tomou considerável impulso e, aos poucos, foi definida sua vocação para o turismo, sobretudo com a construção da BR-232, em 1950, o que permitiu um melhor acesso, encurtando o tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra das Russas. Atualmente comemora a emancipação do município no dia 15 de março.
GEOGRAFIA
Gravatá possui uma área de 513 km², destacando-se por um clima agradável (temperatura média anual de 22,9C [5]) e charmosas habitações, muitas com arquitetura europeia. Está situada no Agreste pernambucano, na microrregião do Vale do Ipojuca, zona de transição entre a Mata e o Agreste, na zona fisiográfica anterior à chapada da Borborema, na denominada Serra das Russas e faz parte da bacia do rio Capibaribe. Centro regional de importância, está ligada a Recife por rodovia federal (BR-232), que passa por Vitória de Santo Antão e Jaboatão dos Guararapes.
Tem como vegetação característica: caatinga, pastagens naturais, brejo de altitude, restingas de matas.
Administrativamente, o município é composto pelo distrito sede e pelos povoados de Uruçu-Mirim, Mandacaru, Russinhas, São Severino de Gravatá, Avencas e Ilha Energética.
ECONOMIA
Tem como principais atividades econômicas a agricultura (abacaxi, milho, algodão, batata doce, tomate, tangerina, feijão, banana, mandioca, morango), o comércio varejista e a pecuária.
Conhecido como importante polo moveleiro do Estado, concentra um grande número de fabricantes de móveis rústicos e semi-rústicos em madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, rattan e cana-da-índia.
Um grande celeiro de artistas, onde muitos trabalham com o artesanato manual, com peças de todos os gêneros, desde a tradicional bonequinha da sorte até telas e esculturas.
Importante polo de cultivo de hortaliças e legumes do agreste pernambucano, especialmente no setor de orgânicos, produz e comercializa, em média, duas toneladas semanais, em feiras da cidade e ainda de Caruaru e Recife. Também tem papel de destaque no cultivo de plantas e flores, com a produção de diversos tipos de rosas, crisântemos e outras espécies de flores, que garante ao município o título de maior produtor de flores temperadas do Nordeste.
No setor da criação animal, destaca-se por sua vocação de criador de animais selecionados. Cavalos das raças manga larga marchador e quarto de milha; rebanho bovino das raças leiteiras jersey, gir, girolando e guzolando, ovino das raças santa inês, suffolk e texel e caprino com planteis de bôer importados do Canadá, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. Além de inúmeros canis, com as raças rottweiler, boxer e cocker spaniel.
O setor imobiliário do município é um dos mais importantes do interior pernambucano, sobretudo após a duplicação da BR-232 (hoje denominada Rodovia Luiz Gonzaga) e pela oferta de terrenos e condomínios rurais que se multiplicam. Segundo os corretores, além do município ter o metro quadrado mais caro do Estado, é o local onde mais se constroem casas em Pernambuco, com uma média de cinco por dia.
TURISMO
Localizada a 85 km de Recife, na BR 232 que liga Recife a Caruaru, numa altitude de 447 m acima do nível do mar e com um clima agradável, temperatura média de 24 graus, Gravatá é uma das cidades do Nordeste que mais cresce com o turismo.
Gravatá tem aproximadamente 75.000 habitantes, mas nos fins de semana quando ocorrem eventos essa população atinge cerca de 120 mil pessoas: turistas de todo o mundo que vêm desfrutar do clima agradável e gracioso da cidade. Contempla o 5º melhor microclima do Mundo
Eventos
O município tem-se destacado como um grande polo de turismo de eventos do estado, aquecendo a economia durante todo o ano.
Em janeiro, no segundo domingo, promove a sua tradicional Festa de Reis, .
Em fevereiro, blocos carnavalescos fazem a semana pré-carnavalesca e animam os foliões da cidade e os turistas que vem se hospedar na cidade, dentre os blocos de carnaval existe o tradicional bloco do Zé Pereira fundado há mais de 100 anos que sai no sábado de carnaval, além do Carnaval da Rua do Norte, chamado Norte em Folia, e outras troças que saem de outros bairros para se encontrar no Norte em Folia.
Durante a Semana Santa, em abril, Gravatá é um dos maiores polos de animação do estado, estando incluída no Roteiro da Paixões. Nesse período, atores locais encenam a Paixão de Cristo e são promovidos grandes shows musicais, no Pátio de Eventos, com atrações de todos os gêneros. (Estima-se que 300 mil pessoas em média visitam a cidade nesta época).
No mês de maio, abre-se espaço para o turismo religioso, com as Festividades de Frei Damião. Uma grande caminhada sai da Igreja Matriz de Sant'Ana e vai até a Capela do Riacho do Mel, onde Frei Damião celebrou sua primeira missa no Brasil.
Em junho, o São João, que apesar de explorado há pouco tempo, já é considerado um dos maiores e melhores do país.
Na segunda quinzena, no Pátio de Eventos, totalmente decorado com bandeirinhas e balões, são realizados concursos de quadrilha matuta e shows de artistas nacionais, além de atrações locais e regionais. (Neste período, a visitação à cidade chega a marca de 500 mil pessoas).
Em julho é comemorado o mês da padroeira da cidade, Sant'Ana, com missa todos os dias e procissão no dia 26, que lhe é dedicado.
Na primeira semana de agosto, acontece a Feira da Estação, encerrando o Circuito do Frio, evento realizado pelo Governo do Estado, que percorre cidades de Pernambuco com oficinas e apresentações culturais e musicais.
Em setembro, os setores da economia (móveis, artesanato, gastronomia, flores e morangos) promovem o Festival Cultural.
Em dezembro, as principais ruas e praças da cidade são contempladas com uma decoração e iluminação toda especial para o Natal. Artistas de todos os estilos (academias de dança, corais, teatro e bandas) se apresentam em praças do centro.
Atrativos
Alto do Cruzeiro
Gravatá - PE
Cristo Redentor
Gravatá - PE
Escadaria da Felicidade
(365 degraus)
Alto do Cruzeiro
Gravatá - PE
Alto do Cruzeiro, onde se encontra a estátua do Cristo Redentor. O seu acesso pode ser pelos 365 degraus da denominada Escadaria da Felicidade. De lá pode-se provar a gastronomia em restaurantes além de observar o pôr do sol.
Polo Moveleiro, onde são comercializados os móveis rústicos em madeira maciça.
Estação do Artesão, localizada na antiga estação ferroviária,ao lado do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar, onde os artesãos locais comercializam suas peças.
Memorial da Cidade (Casa da Cultura), localizado no antigo prédio da Cadeia Pública.
Banho de Dona Nadir, situado a 12 km da cidade, com piscinas naturais e bicas.
Cachoeira da Palmeira, a 15 km da cidade, é explorada comercialmente.
Arquitetura, com suas construções dos séculos passados, como a Sede da Prefeitura (1908), a Igreja Matriz de Sant'Ana (1810), os casarios da avenida Joaquim Didier e a Capela do Cruzeiro, que dão um charme todo especial à cidade.
Trilhas, existe 14 túneis por onde passava a Ferrovia, como a ferrovia não esta mais funcionando várias turmas se juntam para fazer trilhas pelos 14 tuneis sendo que 2 deles já ficam na cidade de Pombos
Bandeira de Gravatá
Igreja Matriz de Sant'Ana
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Amei a história dessa cidade que eu tanto amo. Dilsa Maria.
ResponderExcluirfico emocionada cada vez que vejo minha cidade.
ResponderExcluirCidade maravilhosa, com cheiro de interior e clima maravilhoso!
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